quinta-feira, 2 de julho de 2009

Brasil fica na 42ª posição em ranking mundial de 'conectividade'

País fica na frente de todos os demais do Bric, mas perde para o Chile (30°) e o México (40°)

Conectado ao mundo virtual, o Brasil ficou no 42° lugar em ranking mundial com 70 países que avalia os negócios e o uso de serviços online. O estudo, conduzido pela divisão de consultoria da IBM e a unidade de inteligência da The Economist, descreve o Brasil como um dos países com melhor cenário macroeconômico e oportunidades de negócios do mundo, já que foi pouco alterado diante da crise mundial.

A pesquisa afirma que o Brasil é um dos países com maior índice de empreendedorismo entre os pesquisados, mesmo sofrendo com problemas relacionados a deficiências na infraestrutura e baixa adoção do comércio eletrônico pelos consumidores e empresa de modo geral.

“Apesar de o Brasil vir crescendo consistentemente nesse ranking desde 2005, a conectividade e a infraestrutura de TI ainda são um desafio no país. A baixa adesão à internet banda larga – devido especialmente a sua pouca disponibilidade e alto custo – é um obstáculo considerável ao crescimento do comércio eletrônico brasileiro”, explica Ricardo Gomez, diretor de consultoria da IBM Brasil.

Na comparação com outros países latino-americanos, o Brasil aparece abaixo do Chile (30°) e do México (40°). Entre os Brics, o país está na liderança, apresentando o melhor ambiente para o crescimento do e-commerce.

A Dinamarca é a líder global com maior presença na economia online e o uso de serviços públicos via internet. Os Estados Unidos, que em 2008 estavam em primeiro lugar, passaram para a quinta colocação.

O estudo
O ranking, chamado de E-readiness, é uma medida de quão amigável é o mercado local às oportunidades baseadas na internet. Os fatores que influenciam na análise são: educação, experiência online, política governamental, empreendedorismo, inovação, além de consumo de mercadorias e serviços digitais.

Acadêmica: Franciele Sachet
Fonte: Revista Época - 02/07

Petrobras vende US$ 1,25 bilhão em bônus de 10 anos

Como os papéis saíram a um preço correspondente a 106,962% do valor de face, o retorno final ao investidor (yield) será um pouco menor, de 6,875%




SÃO PAULO - A Petrobras conseguiu captar US$ 1,25 bilhão com a reabertura do bônus com vencimento em dez anos, mesmo papel que havia sido colocado em fevereiro.

Os títulos têm juro nominal (cupom) de 7,875% anuais. Como os papéis saíram a um preço correspondente a 106,962% do valor de face, o retorno final ao investidor (yield) será um pouco menor, de 6,875%.

Os bancos coordenadores da operação foram JP Morgan, HSBC, Citi e Santander. A agência de classificação de risco Standard & Poor ? s atribuiu nota "BBB-" aos papéis, enquanto a Moody's concedeu "Baa1".

Desta vez, a Petrobras conseguiu melhores condições do que na primeira emissão do mesmo título, realizada em 4 de fevereiro deste ano. Na ocasião, a empresa captou US$ 1,5 bilhão com os papéis, que saíram por menos de 100% do valor de face. Com isso, o retorno final ficou em 8,125% ao ano.

Segundo a estatal brasileira, a captação de US$ 2,75 bilhões este ano no mercado internacional de capitais faz parte da estratégia de rolar empréstimos-pontes captados no início do ano.

Acadêmico: Flaviano Perin

Produção industrial sobe pelo quinto mês consecutivo, mostra IBGE

Indústria teve expansão de 1,3% em maio na comparação com abril.
Em 12 meses, no entanto, resultado acumulado é o pior desde 1991.

A indústria brasileira voltou a dar sinais de recuperação em maio. A produção do setor cresceu 1,3% no mês na comparação com abril segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a quinta alta mensal consecutiva do indicador, que acumula expansão de 7,8% no período. Em relação a maio de 2008, houve recuo de 11,3%, mantendo uma seqüencia de sete meses de taxas negativas nesse confronto. Em 12 meses a taxa acumulada está negativa em 5,1%, abaixo do resultado de abril (-3,9%). A marca é a mais baixa desde o início da série histórica do IBGE, em 1991. De janeiro a junho, a queda acumulada é de 13,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Medicamentos e veículos

Na comparação entre os meses de abril e maio, os destaques de alta vieram da indústria farmacêutica, que registrou expansão de 9,7%, veículos automotores (2,0%) e metalurgia básica (3,1%). Já as principais pressões negativas vieram de borracha e plástico (-2,7%), produtos de metal (-3,0%) e fumo (-8,4%). “Em síntese, os resultados da produção industrial de maio reforçam os sinais de recuperação no ritmo da atividade fabril. (...) Esse perfil de desempenho sugere que o fator de peso na recuperação de 2009 está associado a setores relacionados à demanda interna, enquanto os segmentos produtores de bens de capital e para exportação continuam pressionando negativamente”, diz o IBGE em nota.

Maio X maio

Na comparação o mês de maio de 2008, a maioria das atividades pesquisadas pelo IBGE apresentou resultado negativo. O setor de máquinas e equipamentos liderou as perdas, com recuo de 28% nessa comparação, seguido por veículos automotores (-17,6%) e metalurgia básica (-24,5%). Na ponta contrária, as maiores influências de alta vieram de indústria farmacêutica (15,7%) e bebidas (6,2%).

Acadêmico: Vinícius Matiello

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Balança tem superávit de US$ 4,6 bilhões em junho, o maior desde 2006

O superávit da balança comercial brasileira (exportações menos importações) somou US$ 4,62 bilhões no mês de junho, o maior resultado positivo mensal desde dezembro de 2006 (+US$ 5,05 bilhões), informou nesta quarta-feira (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Na comparação com junho de 2008, quando o saldo foi de US$ 2,72 bilhões, houve um crescimento de 69,5% pela média diária, informou o MDIC. Nesta comparação, as exportações, que somaram US$ 14,46 bilhões no último mês, registraram queda de 22,2%, enquanto as compras do exterior, que totalizaram US$ 9,84 bilhões no mês passado, recuaram bem mais: 38%.

Acumulado do ano

No primeiro semestre deste ano, o superávit da balança somou US$ 13,98 bilhões, contra US$ 11,3 bilhões de resultado positivo em igual período de 2008. Deste modo, houve um aumento de 23,7% no saldo positivo. A explicação para o crescimento do superávit da balança neste ano é a queda maior das importações - que é fruto da crise financeira internacional.

De janeiro a junho deste ano, as exportações somaram US$ 69,95 bilhões, com média diária de US$ 573,4 milhões. Isso representa uma queda de 22,1%, pela média diária, em relação ao valor exportado no primeiro semestre de 2008 (US$ 90,64 bilhões, ou US$ 737 milhões por dia útil).

Ao mesmo tempo, as importações totalizaram US$ 55,96 bilhões, média diária de US$ 458,7 milhões, nos seis primeiros meses de 2009. Deste modo, registraram queda de 28,8% contra o mesmo período do ano passado, quando somaram US$ 79,29 bilhões, ou US$ 644 milhões de média diária.

Projeção do mercado

O Banco Central informou nesta segunda-feira (29) que a projeção do mercado financeiro para o saldo positivo da balança comercial em 2009 subiu para US$ 21,5 bilhões. Há alguns meses atrás, a expectativa de saldo positivo estava em US$ 16 bilhões. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões.

Acadêmico: Gregory P. de Oliveira
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1214535-9356,00-BALANCA+TEM+SUPERAVIT+DE+US+BILHOES+EM+JUNHO+O+MAIOR+DESDE.html

Aos 15 anos, bases do real servem de alicerce contra crise

Depois de controlar a inflação que atingiu 2.477% em 1993, o Plano Real enfrentou sua primeira crise internacional logo no ano seguinte ao lançamento da moeda, que completa 15 anos nesta quarta-feira - a do México. Contudo, nenhuma durante estes anos foi tão grave quanto à atual, do subprime. Embora o programa tenha gerado alguns efeitos colaterais, economistas concordam que ele inaugurou uma agenda de responsabilidade fiscal e de metas que possibilitaram melhores condições para amenizar os impactos das turbulências internacionais.

"Demos dois passos em um só: derrotamos a inflação e mostramos que o Brasil estava maduro para um novo modo de relação entre o governo e a sociedade, entre o estado e o mercado, mais democrático. Esses dois passos abriram o caminho para uma ampla agenda de reorganização do estado e da economia, cujos frutos a sociedade brasileira vem colhendo desde então", afirma o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que participou da elaboração do programa, quando foi ministro da Fazenda de Itamar Franco.

Segundo o ministro que sucedeu FHC na Fazenda, Rubens Ricupero, o Brasil já tinha feito seu "teste de estresse" durante os primeiros anos do Plano Real. "Uma parte do programa foi preparar os bancos para o novo tipo de ambiente sem inflação crônica acelerada. Naquele período (até 1997/1998), cerca de 400 instituições financeiras e bancárias quebraram. Isso tudo era esperado. Tudo isso que os americanos estão fazendo agora, estes testes de estresse, não chegamos a fazer igual, mas examinamos caso a caso e sabíamos quais bancos não iam resistir. Temos um sistema bancário intacto porque já tivemos a nossa crise", explica.

Outro episódio que fortaleceu a economia do País durante o real, em especial contra um colapso do sistema financeiro, foi a criação do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), em 1995. Em síntese, o plano dá poderes ao Banco Central de intervir em instituições particulares que estejam à beira da falência e representem um risco ao sistema - em moldes como ocorreram as intervenções do governo americano na AIG e Citigroup durante a atual crise.

Ainda em 1995, a crise do México mostrou que a situação brasileira era sensível. Os mercados emergentes eram vistos com desconfiança pelos investidores, que tiraram as aplicações feitas no País. O movimento de fuga levou o governo a adotar juros mais altos para tentar manter o capital. Em seguida vieram as crises da Ásia (1998) e da Rússia (1999), e com isso a taxa básica de juros alcançou 45% ao ano em março de 1999, enquanto o dólar se mantinha abaixo dos R$ 2, mesmo com a liberação total do câmbio.

"Uma das coisas que ajudaram o Brasil, além do setor bancário forte e regulado, foram as reservas internacionais, que só se tornaram possíveis porque no curso do período o Brasil abandonou o câmbio muito valorizado para acumular reserva", diz Ricupero em relação à decisão anunciada em 18 de janeiro de 1999, quando o governo instituiu o câmbio flutuante.

Embora admita os efeitos colaterais do real apreciado, Gustavo Franco, secretário adjunto de política econômica na época do lançamento do real e presidente do Banco Central entre 1997 e 1999, vê estabilidade como o maior legado do programa elaborado pela equipe econômica formada também por Persio Arida, André Lara Resende, Pedro Malan e Edmar Bacha, durante o governo de Itamar Franco.

"O Plano Real propriamente dito ficou para trás e deixou um legado duradouro de regras com relação à estabilidade. Isso se desdobrou em regras de conduta para o setor público e privado. Estes novos hábitos foram melhorando a saúde do organismo e ele foi ficando mais resistente a choques externos. Embora no começo as coisas tenham sido praticadas em uma octanagem diferente, era um momento de transição, de vencer a hiperinflação, na verdade é a mesma filosofia praticada até hoje. Isso é um dos aspectos mais interessante da vitalidade do plano", apontou.

Até mesmo quem vê pontos negativos no processo de implementação da nova moeda, concorda com o mérito do real de ter estabelecido bases para a atual economia brasileira. "Há uma ruptura na trajetória da participação do Brasil no comércio do mundo com o real (pela valorização da moeda nacional). Já no final de 1995 teve a crise mexicana, e passamos por uma fase de administração de crises internacionais que não tinham a ver com o Brasil. O mérito do plano foi ter conseguido alcançar a estabilidade", diz o assessor do ministro do Trabalho em 1994 e atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann.

Segundo Ricupero, a superação do risco de hiperinflação marcou uma inflexão no gráfico do desenvolvimento econômico do País, de uma curva descendente - em que o dia de amanhã era sempre pior que hoje e pior que ontem - para uma curva que começa a subir, mas ainda com muita coisa a fazer.

"A estabilização te dá base para poder ter um projeto nacional. Deste ponto de vista, o real desempenhou a função plenamente. Não é mais patrimônio do presidente Itamar Franco, nem do FHC, porque o fato de ter se mantido a diretriz básica da economia no governo Lula tornou o real e a estabilização um patrimônio coletivo. O real é um pedestal. Para construir o monumento precisamos resolver outras questões, como a má qualidade das instituições públicas e da educação", comenta.

Exatos 15 anos após o lançamento de um dos planos econômicos mais bem sucedidos da economia do País, documentos das raízes do real mostram os desafios que permanecem. "O Brasil só consolidará sua democracia e reafirmará sua unidade como nação soberana se superar as carências agudas e os desequilíbrios sociais que infernizam o dia-a-dia da população" e "as contas públicas só serão acertadas se as forças políticas decidirem caminhar com firmeza nessa direção, deixando de lado interesses menores. (...) É isto que a sociedade brasileira espera de suas autoridades", afirma o Programa de Ação Imediata, que começou a preparar o terreno para o Plano Real em 1993.



Fonte: http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200907011100_RED_78192225
Acadêmica: Fabiane Giaretton

Pobre reserva 32% da renda para impostos enquanto rico gasta 22%, aponta Ipea

O valor total dos impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros aumentou no ano passado e o maior peso continua sobre a parcela mais pobre da população, aponta estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta terça-feira.

Os 10% mais pobres da população brasileira destinam 32,8% da renda para pagar tributos. Já os 10% mais ricos destinam 22,7% dela, revelam os dados. O levantamento observa ainda que as famílias com renda de até dois salários-mínimos pagam 48,8% da renda em tributos; aquelas com renda acima de 30, empenham cerca de 26,3% da renda. Dividida ao longo do ano, o peso dos impostos equivale a, em média, a 132 dias trabalhados no ano passado.

Traduzindo as porcentagens em dias de trabalho, pode-se concluir que, dos cidadãos mais pobres, foram exigidos 197 dias para arcar com os tributos. Dos mais ricos, 106 dias, três meses a menos. O Ipea condena essa regressividade. "O sistema tributário deve buscar a progressividade - tributar mais os ricos do que os pobres", afirma a equipe de analistas.

Carga tributária mais pesada

Usando como base dados do IBGE e da Secretaria do Tesouro Nacional, a estimativa do Ipea para a carga tributária em 2008 é de 36,2% do PIB (produto interno bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país). Cinco anos antes, em 2004, a parcela era de 32,8%, um aumento de 3,4 pontos percentuais, ou cerca de 10% no período.


Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u588559.shtml
Acadêmica: Fabiane Giaretton

terça-feira, 30 de junho de 2009

Empresas aéreas tiveram prejuízo de US$ 3 bilhões no primeiro trimestre

As companhias aéreas mundiais perderam mais de US$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2009, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) nesta terça-feira (30), mantendo a estimativa de um prejuízo anual de US$ 9 bilhões.
No mais recente quadro sobre a indústria no mundo, a IATA informou que a fraca demanda por viagens e os volumes de cargas mais reduzidos pela recessão global afetaram as receitas das principais transportadoras, em "uma significativa deterioração frente ao ano passado".

Combustíveis

"Essa deterioração ocorreu antes da recente alta nos preços do combustível", afirmou a associação, alertando que o aumento de 30% nos preços do petróleo e do combustível de aviação desde o começo de março devem apertar o fluxo de capital ainda mais nos próximos meses.
Os preços do petróleo e do combustível subiram cerca de US$ 20 o barril nos dois últimos meses, e agora estão 75% maiores frente à mínima atingida no final de 2008, informou um relatório do Financial Monitor.
"As linhas aéreas ainda não sentiram o impacto total dessa alta no preço do petróleo", acrescentou. Mas o órgão não alterou sua projeção anterior de prejuízo de US$ 9 bilhões em 2009, após perda revisada de US$ 10,4 bilhões em 2008.
A IATA, que representa mais de 200 companhias aéreas, informou que as empresas que estão tentando reduzir voos para cortar custos durante a crise ainda não conseguiram se organizar para cortar capacidade em linha com a demanda decrescente por transporte aéreo.

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1212870-9356,00-EMPRESAS+AEREAS+TIVERAM+PREJUIZO+DE+US+BILHOES+NO+PRIMEIRO+TRIMESTRE

Acadêmico: Leonardo Marcelo de Cesaro

Vendas reais dos supermercados sobem 4% em maio ante 2008

De janeiro a maio deste calendário, houve crescimento de 5,36%, no confronto com igual intervalo do exercício passado

SÃO PAULO - As vendas reais do setor supermercadista recuaram 4,12% em maio, no comparativo com abril. Em relação ao quinto mês de 2008, no entanto, verificaram acréscimo de 4,01%. Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

De janeiro a maio deste calendário, houve crescimento de 5,36%, no confronto com igual intervalo do exercício passado.

Em termos nominais, as vendas diminuíram 3,67% ante abril e verificaram alta de 9,42% frente a maio de 2008.

Segundo a Abras, o decréscimo nas vendas na base mensal era esperado devido ao efeito do calendário, uma vez que a Páscoa deste calendário caiu em abril.

No comunicado divulgado nesta terça-feira, a associação mostrou que o valor da cesta de 35 produtos de amplo consumo teve alta de 2,24% perante abril e de 7,26% em relação há um ano, para R$ 264,59.

Flaviano Perin
globo.com

Comissão Europeia aprova Brasil Foods

Embora as duas empresas sejam brasileiras, a Comissão exige a aprovação para companhias com grandes operações nos 27 países europeus

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), aprovou a fusão entre as empresas Perdigão e a Sadia, que resultará na criação da Brasil Foods. Apesar de serem companhias brasileiras, as regras da comissão exigem que empresas com grandes operações nos 27 países europeus que fazem parte do bloco, como a Perdigão, obtenham aprovação regulatória para fusões e aquisições.

A Brasil Foods terá 119 mil funcionários e 42 fábricas, estima-se que terá uma produção anual de cerca de 1,7 bilhão de frangos, oito milhões de suínos e mais de 11 milhões de toneladas de ração.

Os números representam cerca de um terço do abate brasileiro de aves e suínos, e mais da metade da exportação total do Brasil de carne de frango e de suínos no ano passado.

Franciele Sachet
Fonte: Revista Época - 30/06

Esta crise foi excelente para o Brasil

Há males que vêm para o bem. No cômputo geral, esta crise pode ter atrasado o PIB em 6 meses, mas colocou o Brasil em termos de imagem mundial uns 5 anos na frente.

1. O Brasil agora virou uma categoria à parte. Agora não se investe em Emerging Markets (uma categoria genérica, em que se incluía também o Brasil). Agora o Brasil virou uma categoria à parte. Não dá para ficar fora do Brasil se você é uma fundação ou fundo de pensão norte-americano..

2. O Brasil é uma proxi para a China. Quem investiu na China se arrepende: perdeu dinheiro, viu fábricas idênticas serem construídas ao lado. Mas o Brasil vai ser um enorme exportador para a China, que já suplantou os Estados Unidos como parceiro de exportação. Já que não dá para investir na China, vamos investir em países que exportam para China.

3. O Brasil saiu desses tempos de turbulência como um país extremamente bem controlado financeiramente, graças ao Henrique Meirelles, que:

a. Desatrelou dívida interna indexada ao dólar, herança da "âncora cambial' do Gustavo Franco, da era FHC. Esse atrelamento caiu de 29% para 1%, de tal sorte que crises externas, que elevavam o dólar, não mais geram crises internas, aumentando a dívida interna.

b. Substituiu títulos com juros nominais atrelados ao dólar por títulos com juros reais pré-determinados atrelados ao real, na ordem de 30%. A defesa dos juros reais pré-determinados foi uma longa bandeira dos administradores, veja: Nominalismo econômico, em www.kanitz.com.br

c. Em vez de pedir US$ 45 bilhões ao FMI, como em 1998, devido à âncora cambial e ausência de reservas, o Brasil é quem está emprestando US$ 10 bilhões ao FMI.

d. Henrique Meirelles cria reservas de 200 bilhões de dólares, outra bandeira dos administradores financeiros, que acreditam que o futuro não dá para ser previsto por modelos econométricos. A única possibilidade é ter reservas para sobreviver às crises que surgirão.

Essa crise é a prova do pudim. Passamos no teste.


Os Estados Unidos, com os melhores economistas de seu país no Banco Central, fracassaram completamente. Não previram a crise. E o pior: não tinham reservas -- estão emitindo moeda.


Os próprios americanos reconhecem isso. A arrogância típica do americano passou para humildade. Foram os primeiros a desinvestir em massa de seus títulos americanos, para investir em empresas brasileiras. E vão continuar.


Eles que nunca deram pelota ao Brasil, que sempre nos acharam uma república de bananas, agora estão mudando o tom.


Sempre critiquei o governo brasileiro por não fazer o "marketing" do Brasil como nação. "O Brasil não é uma empresa, "marketing" não é uma variável econômica", eram as respostas que tive que ouvir.



Enquanto a Colômbia fazia marketing de seu café, nós produzíamos commodities. Quando sugeri registrarmos a marca GRID, Guaranteed Real Interest Deposit, acharam que criar marcas era uma bobagem. Acabei registrando a marca sozinho.


O governo americano registrou o TIPS, e saiu ganhando com uma idéia brasileira.


Uma crise de que saímos bem, vale muito mais do que qualquer anúncio ou campanha mercadológica.


O Brasil muda de patamar.


Acadêmico: Gregory P. de Oliveira
Fonte site http://administradores.com.br/artigos/esta_crise_foi_excelente_para_o_brasil/31463/
Autor do Artigo: Stephen Kanitz, consultor de empresas e conferencista.

UMA CONVERSA EM ATENAS

Estamos no século V antes de Cristo, mas você não sabe disso. Você só sabe que tem o privilégio de ser discípulo do grande filósofo Sócrates e, como ele, nada sabe. Acompanhando o mestre numa de suas andanças pela gloriosa Atenas, que hoje está elegendo seus dirigentes, você e seus colegas tiveram mais uma valiosa oportunidade de vê-lo utilizar seu famoso método de fazer perguntas. Vocês cruzaram com Nicomáquides, candidato a estratego , a quem Sócrates perguntou:
- Então, Nicomáquides, quais são os estrategos eleitos?
- Ah, Sócrates, você não acha que os atenienses foram injustos? Em lugar de elegerem a mim, que tenho tanta experiência militar e fui tantas vezes ferido (e mostrava suas cicatrizes) , escolheram um tal de Antístenes, que nunca foi soldado e até hoje só se dedicou a acumular dinheiro.
- Mas, você não acha que essa é uma boa qualidade?
- Ora, Sócrates, saber juntar dinheiro não significa saber comandar exércitos.
- Antístenes - continuou Sócrates - já demonstrou que é o nosso melhor mestre de coro.
- Santo Júpiter, Sócrates! Uma coisa é estar à frente de um coro e outra, muito diferente, é estar à frente de um exército!
- Veja, Nicomáquides, que Antístenes não sabe cantar nem treinar cantores, mas teve a habilidade de escolher os melhores artistas.
- Sim, Sócrates, mas será que ele encontrará no exército quem organize as tropas e faça a guerra em seu lugar?
- Se ele conseguir encontrar os melhores em questões militares, assim como soube fazer no caso dos cantores, bem que poderá vencer batalhas.
- Ah, é, Sócrates? Então, você acha que alguém pode ter, ao mesmo tempo, competência como diretor de coros e estratego?
- O que penso é o seguinte: o bom administrador terá bom desempenho à frente de um coro, uma casa, cidade ou exército.
- Santo Júpiter, Sócrates! Nunca pensei ouvir você dizer que um bom administrador de bens pode ser um bom general!
- Pois bem, Nicomáquides. Vamos ver se as responsabilidades de um e outro são iguais ou diferentes.
- Está bem, Sócrates, concordo.
- Cercar-se de colaboradores competentes, não é responsabilidade de ambos?
- Com certeza.
- Designar aos colaboradores as tarefas para as quais são mais aptos, sim ou não?
- Sim, é claro.
- Punir os relaxados e recompensar os aplicados?
- Certamente.
- Confraternizar com os colaboradores, para criar um clima positivo e espírito de colaboração?
- Sem dúvida.
- Cuidar do patrimônio, não devem ambos?
- Isso também é certo.
- Enfim, não devem ser igualmente dedicados em suas atribuições? Não é certo que ambos têm inimigos ou concorrentes? Não têm o mesmo interesse em vencê-los?
- Sim, é claro.
- Então, Nicomáquides, se os negócios particulares são tão parecidos com os negócios públicos, porque o administrador de um não pode ser o administrador de outro?

Adaptado de RANGEL DE ANDRADE, L., tradutor, Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Cia. Brasil Editora, Rio de Janeiro.

Acadêmica: Veridiane Honaiser

Ética na empresas

Devido a competitividade existente entre as empresas, leva-se a crer que não existe ética nelas, normalmente leva-se mais em conta o lucro que as pessoas. No entanto, não podemos esquecer que a parte mais importante de uma empresa são as pessoas que a compõe. São elas que trarão esse lucro esperado, devemos lembrar que, a ética e os pensamentos que não visão somente o lucro elevam a alto estima dos funcionários, sua criatividade e rendimento, fazendo assim que a empresa lucre da mesma forma ou mais. Com ética, a imagem externa da empresa também melhora, clientes adquirem confiança e certamente voltarão, fornecedores trabalharão com mais gosto e descontos e brindes serão adquiridos com mais facilidade.
São as atitudes de seres humanos que podem decidir o que uma empresa é, que pode ser má, estimulando a competição selvagem e rancor, ou boa, estimulando a criatividade e boa qualidade de vida no trabalho.

Acadêmica: Ana Paula Knorst

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O DESAFIO DO ADMINISTRADOR: A GESTÃO DO CONHECIMENTO

UM DESAFIO PARA O ADMINISTRADOR: A GESTÃO DO CONHECIMENTO
A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume de informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma ‘arma’ a disposição das pessoas e das empresas para vencer a competitividade.
A comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar essas informações em conhecimento.
Segundo Stewart (1998, p. 11), "o conhecimento tornou-se o principal ingrediente do que produzimos, fazemos, compramos e vendemos. Resultado: administrá-lo - encontrar e estimular o capital intelectual, armazená-lo, vendê-lo e compartilhá-lo - tornou-se a tarefa econômica mais importante dos indivíduos, das empresas e dos países"
O capital intelectual explora o papel do conhecimento explícito e tácito. O conhecimento explícito é aquele que já foi institucionalizado através de regras, normas e procedimentos. Já o conhecimento tácito é um conhecimento desarticulado, composto pela intuição, perspectivas, crenças e valores que as pessoas formam como um resultado de suas experiências, e que determina como as organizações constróem suas decisões e formam o comportamento de seus membros. A definição de capital intelectual é baseado na exploração desses dois tipos de conhecimentos e é constituído por três elementos que encorajam a criação de valor e manutenção das estratégias de negócios das empresas (Saint-Onge, 1996; Stewart,1998):
capital humano. São as capacidades dos indivíduos requeridas para fornecer soluções para os clientes. Pode ser considerado a fonte de renovação e inovação.
capital de clientes. A profundidade (a penetração), a amplitude (cobertura), a devoção (lealdade) e rentabilidade dos clientes são importantes para interpretar pensamentos individuais e coletivos dos clientes que formam suas percepções de valores requeridos por algum produto ou serviço oferecidos a eles e com isso geram conhecimento e agregam valor para a organização. O capital de clientes é o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais faz negócios.
capital estrutural. Está em toda empresa. Pode ser utilizado como um instrumento para gerir o conhecimento da organização. É composto de quatro elementos: os sistemas, a estrutura, a estratégia e a cultura.O conhecimento tácito tem um impacto em todos os quatro elementos, mas ele nasce da cultura organizacional. Assim, o que nós somos ou desejamos para a organização, o que nós devemos e podemos fazer, tudo está associado ao comportamento organizacional (Saint-Onge, 1996).
Nesse contexto, o administrador assume o papel de gerenciar esse conhecimento dentro das organizações. Não é uma tarefa fácil, pois depende diretamente de uma gestão empresarial que priorize a pesquisa, o desenvolvimento dos recursos humanos, a capacidade de inovação e aprendizagem de todos os níveis da empresa. Isso requer muita flexibilidade, investimentos em tecnologia de informação, e desenvolvimento gerencial. Os administradores devem adquirir a capacidade de gerenciar o fluxo de informações que comanda todas as ações da organização.
Na realidade, a função do administrador é criar condições para que a organização se transforme em um empresa criadora e transformadora de conhecimento. No ambiente econômico em que vivemos a única certeza é a incerteza, a única fonte segura de vantagem competitiva duradoura das empresas é o conhecimento. A criação do conhecimento requer experimentação e correr riscos, que ampliam a capacidade de ação. A criação do conhecimento requer uma integração de saber e fazer, de forma que as idéias possam ser testadas e as capacidades humanas ampliadas (Nonaka, 1991, Gold, 1995; Salm & Amboni, 1997).

FONTE: portal do administrador
Acadêmica: Jianine G. Immich

Governo também baixa IPI para máquinas e equipamentos

Segundo Mantega, 70 itens de bens de capital terão IPI menor.
Com isso, governo deixará de arrecadar R$ 414 mi neste ano.

Além de manter o IPI mais baixo para automóveis, materiais de construção, eletrodomésticos e pão, entre outros, o governo federal também anunciou nesta segunda-feira (29) a redução do imposto para 70 itens de bens de capital (máquinas e equipamentos), segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com o ministro, a redução valerá para o segundo semestre deste ano, terminando no fim de dezembro, com uma renúncia fiscal (valores que deixarão de ser arrecadados) de R$ 414 milhões no período. Ao todo, o governo deixará de arrecadar R$ 3,34 bilhões em 2009 com a prorrogação do imposto reduzido, aunciada nesta segunda-feira, e com as novas desonerações. Segundo o Ministério da Fazenda, os principais bens de capital que estão sendo desonerados são: válvulas industriais, árvores de transmissão, partes de aerogeradores (energia eólica), microscópios eletrônicos, hastes de bombeamento, congeladores industriais, partes de vários tipos de máquinas e equipamentos.

Acadêmico: Vinícius Matiello

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/

Governo prorroga IPI reduzido de carros, eletrodomésticos e construção

Essa é a segunda renovação do IPI reduzido para automóveis.
Imposto menor vale também para eletrodomésticos, construção e pão.

O governo decidiu prorrogar, por mais três meses, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para o setor automobilístico, informou nesta segunda-feira (29) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O benefício para este setor terminaria nesta terça-feira (30). "Em outubro, novembro e dezembro, volta gradualmente o tributo [IPI de automóveis], até estar totalmente reconstituído no fim do ano", disse Mantega. Para caminhões, o tributo reduzido vale até o fim do ano e, para motocicletas, terá validade por mais três meses. Além disso, o governo também decidiu manter o IPI baixo para a aquisição dos produtos da chamada "linha branca" pela população, que abrange fogões, máquinas de lavar, geladeiras, até 31 de outubro. Também foi mantido o IPI reduzido de cerca de 30 grupos de materiais de construção até o fim deste ano. O ministro da Fazenda informou ainda que também foi mantido o PIS e a Cofins, com alíquotas menores, para farinha de trigo e para o pão até o fim de 2010.

Automóveis

A redução do IPI para carros foi autorizada, pela primeira vez, em janeiro deste ano, quando o setor, e também o resto da economia, sentia mais fortemente os efeitos da crise financeira. Em março, foi autorizada a primeira prorrogação do imposto reduzido. Com a medida, o governo deixou de arrecadar R$ 1,75 bilhão neste ano. Para carros populares, de até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para zero e, para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, recuou de 13% para 6,5%. Para carros flex (bicombustível) e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Entretanto, não houve alteração para veículos com mais de duas mil cilindradas.

Eletrodomésticos

A redução do IPI para os eletrodomésticos da chamada "linha branca" foi anunciado pelo governo em 17 de abril, com validade de três meses, ou seja, até 17 de julho. Com a medida, o IPI das geladeiras caiu de 15% para 5%, o de fogões recuou de 5% para zero, enquanto o de máquinas de lavar foi diminuído de 20% para 10%. A alíquota de IPI para tanquinhos, por sua vez, caiu de 10% para zero. A expectativa do governo era de que o imposto reduzido, para este setor, representasse cerca de R$ 250 milhões a menos durante os três meses de vigência (até 17 de julho).

Materiais de construção

Em março deste ano, o governo anunciou a redução do IPI para mais de 20 grupos de produtos de materiais de construção, como revestimentos, tintas e cimento, entre outros. Em abril, porém, o governo incluiu novos grupos de produtos na lista de itens com IPI reduzido, como como telhas de aço, impermeabilizantes, revestimentos cerâmicos, cadeados e registros de gavetas, entre outros.

Acadêmico: Vinícius Matiello

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/

Obama pode estudar segundo pacote econômico se preciso, diz assessor

O presidente Barack Obama pode discutir um segundo pacote de estímulo para dinamizar a economia, se for necessário, disse um alto assessor da Casa Branca neste domingo (28).

"Boa parte do estímulo ainda vai acontecer, e vamos ver como isso vai funcionar antes de falar sobre os próximos passos", disse ao programa "Meet the Press", da TV NBC, o assessor sênior David Axelrod.

"No outono vamos avaliar como estamos, mas neste momento acreditamos que o que já fizemos foi o suficiente. Se for preciso fazer mais, teremos essa discussão."

Depois de tomar posse, em janeiro, Obama fez aprovar um pacote de estímulo emergencial de US$ 787 bilhões, e a Casa Branca disse na época que esperava que a iniciativa pudesse manter o desemprego em níveis de um algarismo.

Mas a economia vem se enfraquecendo mais do que o previsto, e a Casa Branca agora avisa que o índice de desemprego pode passar dos 10% nos próximos meses, contra 9,4% em maio, diante da pior recessão em décadas.

"Não quebramos a espinha da recessão", disse Axelrod. "Vamos ter que navegar por tempos muito difíceis. Mas a questão é que estamos indo na direção certa."


Acadêmico: Tiago Fazolo

Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/obama_pode_estudar_segundo_pacote_economico_se_preciso_diz_assessor/24167/

Após 15 anos de real, país ainda não venceu 'herança' da inflação alta

O aniversário de 15 anos do Plano Real, no dia 1º de julho, marca o sucesso na luta pela estabilidade dos preços no país. O combate à inflação, no entanto, não acabou e ainda exige reformas, segundo o professor de economia Heron do Carmo, da Universidade de São Paulo (USP), especialista no acompanhamento de preços.



Ele diz que o principal problema relacionado à inflação atual é a indexação ainda existente na economia, uma herança dos tempos de reajustes constantes nos preços. De acordo com estimativa do economista, esse fator é responsável por 15% da inflação brasileira atualmente.



Por meio da indexação, as contas de telefone, de luz e os contratos de aluguel, por exemplo, são reajustados anualmente pelos índices de inflação. Os aluguéis são atrelados ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).



Por sofrer influência de preços das matérias-primas (commodities), o IGP-M repassa impactos de altas em outros produtos para o sistema todo. "Isso perturba e dá uma grande instabilidade porque repassa um choque de preços externo para o sistema interno", diz do Carmo.



Reformas

Para o economista da FGV Projetos, Fernando Blumenschein, avançar na redução da indexação envolve reformas em cada um desses setores que têm os preços indexados. "São avanços mais difíceis. Para avançar nos preços de energia elétrica seria preciso uma reforma de todo o sistema do setor elétrico. Não é uma coisa que se possa fazer sem custos", diz.



Há ainda uma dificuldade política para combater essa forma de reajuste porque ela implica perda de arrecadação. "Se nós pegarmos o total de arrecadação dos Estados com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços), mais de 50% tem origem em combustíveis, energia elétrica e telefonia. Por isso é complicadíssimo se fazer uma redução do preço de gasolina, por exemplo", diz Carmo.

Acadêmica: Carolina Machado

sábado, 27 de junho de 2009

Do que você tem medo??

Todo empreendedor possui espírito aventureiro, uns mais, outros menos, é fato. Mas, a característica ainda predomina entre aqueles que arriscam um bom dinheiro em um novo negócio, arriscam o emprego (ou a verba indenizatória da demissão) em uma franquia, arriscam uma carreira de engenheiro, professor, dentista ou terapeuta para ser empresário. Enfim, arriscam, seja lá o quê.
No entanto, assuma, ousado empreendedor: arriscar dá medo. E não tenha medo de parecer um covarde, você não está sozinho. Diversos pequenos empresários contaram a uma revista americana quais eram seus maiores medos, veja se são os mesmos que os seus:

Medo número 1: fracasso
O maior medo dos empreendedores não poderia ser outro, ainda mais diante do alto índice de mortalidade de empresas. Nos Estados Unidos, 95% dos empreendimentos não passam dos cinco anos de existência, segundo a publicação. Aqui no Brasil, 62% dos estabelecimentos fecham as portas no mesmo período, segundo o Sebrae-SP. Assustador.
Sabendo das estatísticas é impossível não deitar e, durante aquele período que deveria anteceder aconchegadamente o sono, a lista de “e se” não tomar seus pensamentos: e se eu não fizer o melhor negócio? E se eu não tiver vocação para ser empreendedor? E se eu for à falência? Até aí, foi-se o sono.

Medo número 2: incertezas econômicas
Quem não usou e abusou do crescimento econômico do Brasil até mais de meados do ano passado e, em setembro, teve que arcar com as graves consequências da crise? A brusca diminuição da oferta de crédito e a diminuição do consumo (nem tão brusca assim no mercado brasileiro) certamente traumatizou muita gente, sobretudo nos Estados Unidos, como mostrou o levantamento da revista.

Medo número 3: ser seu próprio patrão
Muita gente sonha em não ter chefe, mas não ter chefe também implica em não ter quem o oriente e cuide de prazos e responda pelos erros e problemas. Além disso, diferente de outros empregos, o trabalho em seu pequeno negócio, especialmente no início, provavelmente não vai ter escritório fixo, benefícios e salário. Essa instabilidade e falta de rotina faz pessoas estreantes no mundo do empreendedorismo sentirem imensas saudades das cobranças do antigo patrão.

Medo número 4: consumo excessivo do seu tempo
A ideia de não ter mais tempo para ficar com a família, fazer academia, brincar com o cachorro ou simplesmente assistir a algumas horas de televisão aterroriza quem está abrindo seu próprio negócio.

Medo número 5: ficar por fora
Não ter demanda é um dos grandes pesadelos dos empreendedores. Imagine que, depois de passar por todas as apreensões citadas acima, o produto ou serviço oferecido não seja do interesse de ninguém. Existe terror maior?

E você? Tem medo do quê?


Acadêmica: Fernanda Scussiato Lago

O QUE É CLIMA ORGANIZACIONAL

Antonio Carlos Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil

Conceitua-se como “Clima Organizacional” a ferramenta administrativa, integrante do Sistema da Qualidade, utilizada para medir e apurar o grau de satisfação dos colaboradores diretos da empresa perante determinadas variáveis. Pode ser utilizada e aplicada isoladamente ou de forma conjunta com as demais ferramentas do Sistema de Qualidade.

A direção da empresa determina, com o auxílio de especialistas na área de comportamento e relacionamento social além de técnicos da área de recursos humanos, o que acredita ser um resultado padrão ideal da satisfação de seus colaboradores.

Para a determinação desse padrão ideal são considerados aspectos variados como: aspirações pessoais, motivação, ambições funcionais, adequação da remuneração, horário de trabalho, relacionamento hierárquico, relacionamento profissional, interação social, dentre outros possíveis fatores que podem ser acrescidos à pesquisa do “Clima Organizacional”.

Determinado o ponto padrão de satisfação, tido como ideal pela empresa, admite-se uma variação percentual para mais ou para menos, que representaria uma faixa de tolerância aceitável como satisfatória. Caso a pesquisa aponte como resultado final algum ponto enquadrado na faixa de tolerância conclui-se que o “Clima Organizacional” está satisfatório.

Como a grande maioria das ferramentas da Qualidade, o “Clima Organizacional” também é uma ferramenta estatística e, a exemplo das demais, procura detectar e apontar distorções no processo administrativo, para análise e ponderações da direção das empresas que, se for o caso adotará medidas corretivas, antecipando-se a futuros problemas. No caso do “Clima Organizacional”, problemas relacionais.

Note que o padrão ideal do “Clima Organizacional” é determinado pela direção da empresa, o que nem sempre agrada e atende aos anseios de seus colaboradores.

Algumas empresas já evoluíram nesse aspecto e determinam o ponto padrão de comum acordo com os colaboradores, que são representados, no processo, por equipes formadas por colaboradores indicados pelo quadro funcional.

Para que o processo de estabelecimento do ponto ideal do “Clima Organizacional” seja utilizado corretamente, a direção da empresa e a equipe representativa dos colaboradores devem estar conscientes, totalmente engajadas e desprovidas de quaisquer bloqueios.

Há necessidade de ambas as partes se conscientizarem de que precisam encontrar uma solução que atenda a todos os interesses, ou seja, “o patrão precisa do empregado tanto quanto o empregado precisa do patrão e de seu emprego”. As equipes deverão buscar de forma racional, madura e negociada o ponto de equilíbrio que satisfaça as partes.

Essas variáveis submetidas à avaliação buscam medir a satisfação dos empregados com os diversos aspectos organizacionais tais como o relacionamento hierárquico, o volume de serviços individual e coletivo, as expectativas individuais relativamente à carreira e à qualidade de vida, as relações interpessoais no trabalho, a fluidez no processo organizacional e a satisfação e motivação individual e coletiva.

Para isso, realizam-se pesquisas internas nas quais submete-se, periodicamente, aos colaboradores diretos, independentemente do posto, função e do nível hierárquico na empresa, questionários com opções de respostas pré-definidas para a apuração do grau de satisfação. Determina-se, então, o que seria aceitável como padrão de satisfação e analisam-se os resultados.

Portanto, o “Clima Organizacional” é mais uma ferramenta disponível para utilização pelo administrador no processo organizacional e administrativo das empresas. Essa ferramenta bem utilizada possibilita à direção das empresas detectar fatores, procedimentos adotados e alguns problemas de relacionamento hierárquico e relacional que não são bem aceitos pelos seus colaboradores diretos, o que pode representar ponto de atrito e estrangulamento no processo organizacional, relacional e evolutivo das empresas.

Cabe ao administrador analisar e ponderar criteriosamente a tabulação das respostas para verificar algum ponto que necessite ser corrigido para que o processo produtivo da empresa se mantenha isento de incompatibilidades relacionais e insatisfações pessoais.

O “Clima Organizacional” é uma ferramenta mais comumente utilizada em grandes empresas que, por seu tamanho não permitem à direção detectar distorções setoriais e departamentais que possam estar afetando seu desempenho organizacional. Problemas relacionais não são raros. Muitas empresas já vivenciaram problemas do tipo: determinado setor ou departamento que apresenta problemas de relacionamento e satisfação individual ou coletiva que afeta o resultado final da empresa.

Essa ferramenta é extremamente importante quando é utilizada de maneira correta, imparcial e isenta de paixões ou sentimentos pessoais. Quando utilizada de forma periódica pode proporcionar à direção da empresa a tomada de medidas administrativas proativas que evitem o surgimento de problemas ou seu agravamento.

A ferramenta “Clima Organizacional” é tão importante que a maioria dos órgãos certificadores de excelência empresarial e organizacional já incorporou ao processo de certificação a exigência de seu uso no processo de qualificação das empresas.

Entretanto, grande parte das empresas que adotaram essa ferramenta para o fim de certificação de excelência, principalmente empresas estatais e órgãos públicos, utilizam a ferramenta de forma pouco hábil, verificando-se, constantemente, desvios na apuração dos resultados.

Quando o resultado da pesquisa não se mostra satisfatório, deixando de atender aos padrões mínimos aceitáveis que foram definidos previamente, no total ou em parte específica da pesquisa, essas empresas, ou melhor, os dirigentes e intermediários responsáveis pela apuração dos resultados, promovem alterações (adaptações? / atualizações?) nos quesitos “problemáticos”, por vezes excluindo das próximas pesquisas os quesitos que não obtiveram o resultado esperado.

Desta forma, o “Clima Organizacional” será sempre mascarado e não servirá efetivamente para a finalidade que foi criado e idealizado, que é a detecção de desvios no padrão de satisfação, desvios de comportamento, deteriorização de relacionamentos funcionais que possam afetar o desempenho organizacional e funcional das empresas.

Um administrador de verdade não pode agir dessa maneira. Assim torna-se um inútil, bem remunerado, na sua função.

A grande maioria dos administradores precisa aprender a usar corretamente essa ferramenta administrativa.


Acadêmico: Mauricio Zuffo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Endividamento das famílias atinge quase 35% de sua renda, diz BC

- Nível de endividamento vem crescendo nos últimos anos, informa BC.
Desde o terceiro trimestre de 2008, passa a ter desaceleração.


O nível de endividamento das famílias avançou nos últimos anos e atingiu 34,8% da renda anual dos doze meses anteriores, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central, por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano.



Desenvolvimento do mercado de crédito

De acordo com o Banco Central, a subida do nível de endividamento das famílias é um movimento associado ao próprio desenvolvimento do mercado de crédito, que era "incipiente" antes da consolidação da estabilidade macroeconômica.

Do terceiro trimestre de 2008 em diante, avaliou a autoridade monetária, o endividamento passa a apresentar tendência de desaceleração, comportamento consistente com o "arrefecimento das contratações".

Comprometimento da renda

De acordo com o BC, o nível de comprometimento da renda familiar com as dívidas atingiu 25,3% em março deste ano, com aumento de 2,8 pontos percentuais sobre março de 2007 - dois anos antes.

"Esse indicador evolui de forma menos acentuada, traduzindo os efeitos combinados das variações de saldos, prazos e taxas de juros. Nesse sentido, o comprometimento de renda decresceu entre o segundo trimestre de 2006 e
o primeiro trimestre de 2007, quando a elevação dos prazos e a redução das taxas de juros compensaram a expansão do volume de crédito", informou o BC.

Ao longo de 2008, acrescentou o BC, esse crescimento se acentuou, impulsionado, em especial, pela alta das taxas de juros. "Em 2009, observa-se novo declínio, explicado primariamente pela redução das taxas", concluiu.


Fonte site G1 - globo.com

Amanda Braga

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Emprego está difícil? Cuidado com os cinco pecados capitais da recolocação

Encontrar uma nova recolocação no mercado de trabalho pode se tornar uma verdadeira saga para diversos profissionais, sobretudo em tempos de crise, onde as empresas costumam contratar menos. Diante desse cenário, as pessoas qualificadas tendem a encontrar um emprego com mais facilidade.Entretanto, mesmo para esses profissionais que possuem formação teórica e experiência no mercado essa nova oportunidade pode não acontecer. Surge então a dúvida: onde está o erro? Para desvendar esse mistério, o especialista em gestão estratégica de pessoas e diretor-geral da Laerte Cordeiro Consultores em Recursos Humanos, Laerte Leite Cordeiro, aponta os cinco pecados capitais que podem dificultar uma recolocação.

Falta de foco

O primeiro pecado na busca por uma nova oportunidade de trabalho segundo Cordeiro é procurar um novo emprego sem um foco definido. "Há um grande número de casos de profissionais cujo objetivo de busca de emprego não está claro e tem-se a impressão de que o recolocando não se sabe bem o que quer ou, pior do que isso, que concorre a tudo ao mesmo tempo, sem que, para os selecionadores das empresas, fique evidente o emprego pretendido e a melhor contribuição a esperar".Para evitar esse equívoco, o especialista destaca que o profissional antes de sair em busca de um emprego deve definir com muita clareza qual é o foco que ele almeja, qual o cargo que ele pretende conseguir, em que ramo de atuação, onde e com que remuneração.

Currículo

O segundo equívoco fatal para quem quer conseguir um novo emprego é apresentar um currículo de forma inadequada. "Um currículo em papel colorido, em tamanhos diferentes do A-4, impresso em letras coloridas, com mais de duas páginas, não tem a forma que o mercado quer. Além disso, um currículo que não define claramente o foco da busca do candidato, que não oferece informações profissionais e pessoais que o selecionador precisa para sua avaliação, que contenha dados incorretos ou que busque enganar quanto aos fatos descritos é, certamente, um mau currículo", destaca Cordeiro. Um currículo sem a idade ou datas que possam comprometer o candidato, por exemplo, aqueles profissionais que passaram dos 45 anos de idade e omitem essa informação com medo que esse seja um critério desqualificativo ou com as razões das saídas de empresas anteriores, são os erros mais comuns na elaboração de um currículo.

Entrevista

Passando da fase do currículo pode surgir então o terceiro pecado capital a falta de preparação dos candidatos a emprego para enfrentar as entrevistas dos processos seletivos."Falar demais ou falar de menos incomodam os recrutadores, o chegar atrasado é imperdoável, a falta de higiene pessoal é eliminatória, o não saber expor a história profissional é inaceitável, o debruçar-se sobre a mesa do entrevistador não ajuda nada, o entrar mudo e sair calado é deplorável e o contar detalhes não pedidos é problema".

Uma forma de evitar esses equívocos é o candidato a uma vaga conhecer bem o seu currículo e se possível ter informações sobre a empresa em que fará a entrevista.

Má divulgação

Depois de ter um foco, um currículo adequado para o mercado e saber como lidar com as entrevistas do processo seletivo, um tropeço que pode acontecer para o profissional e atrapalhar a sua recolocação é uma má divulgação do seu currículo.

"O ponto de partida é se imaginar como qualquer empresa procede quando pretende contratar alguém. A lista de ações é bem conhecida: anúncios de jornais e revistas, utilização de headhunters (caça-talentos), pesquisa nos cadastros de empresas de recolocação, uso dos bancos de vagas de empresas especializadas, utilização do network (rede de contatos pessoais) para recebimento de indicações e recomendações e, obviamente, a consulta aos próprios cadastros internos", indica Cordeiro.

Plano de contingência

Para finalizar, o especialista ressalta que o profissional depois de tomar todos esses cuidados não deve ficar em casa esperando o telefone tocar com uma oportunidade de recolocação no mercado.

"O candidato deve desenvolver um plano de contingência que o ajude a manter a sua autoestima e, por que não, faturar algum enquanto o novo emprego não vem. Aceitar a situação de desempregado e habitar uma "zona de conforto" é um pecado para a recolocação".

Fonte: http://www.administradores.com.br
Acadêmica: Fabiane Giaretton

América Latina: como reter talentos, quando há escassez de profissionais habilidosos?

A instabilidade política e a violência não chegam a ofuscar a visão dos investidores produtivos mundiais com relação aos países latino-americanos. É uma região emergente e promissora, dizem muitos. Porém, as empresas que pretendem investir na América Latina devem estar conscientes de um empecilho que fatalmente enfrentarão e que, de tão importante, pode impedir seu crescimento local: a escassez de mão-de-obra qualificada.

Repensando programas de retenção

Para capitalizar esta oportunidade, as empresas precisarão repensar seus programas de atração e retenção. Talentos de alto desempenho e habilidades críticas são cruciais para o crescimento das organizações e a competição pela contratação desses indivíduos pode ser acirrada. Para se ter uma ideia, mais de 70% das empresas latino-americanas que participaram do estudo 2007/2008 Global Strategic Rewards da Watson Wyatt relataram dificuldades para atrair funcionários com essas características e habilidades. Mais de 50% têm dificuldade para retê-los.

Para exemplificar: outra pesquisa da Watson Wyatt realizada com empresas no Chile, em meados de 2008, constatou que dois terços (66%) delas perderam funcionários para a concorrência recentemente. E mais: dos que partiram, mais de um terço (36%) eram jovens profissionais considerados importantes para o futuro das organizações. Destes, um quarto (25%) correspondia a analistas seniores com a expertise necessária para apoiar a estratégia empresarial. As diretorias contavam com eles.

Programas fracos ou inexistentes

A Watson Wyatt concluiu que os programas de atração e retenção praticados em diversas organizações da América Latina estão desatualizados ou simplesmente não existem. O motivo é que, no passado, a retenção não era uma prioridade nas empresas, porque poucos empregados se demitiam e aqueles que o faziam eram facilmente substituídos. Hoje a realidade é outra. As empresas atropelam-se para encontrar as pessoas que necessitam e para apoiar seus investimentos de negócio. Não à toa, muitos profissionais são sondados e "roubados" de suas empresas por concorrentes que, de alguma forma, tiveram acesso ao seu trabalho. O meio utilizado para tal é a oferta de um salário maior e de bônus.

Embora tal atitude possa resolver uma necessidade de curto prazo, ela cria problemas futuros, tais como expectativas inadequadas de desempenho de longo prazo, iniquidade interna e potenciais retaliações dos competidores.

Estratégias a serem consideradas

Para evitar erros dispendiosos, as empresas nesta situação precisam desenvolver e implementar estratégias de atração e retenção que suportem objetivos de longo prazo, como as seguintes:
•Identificar carências atuais e futuras no quadro de pessoal. Os executivos precisam definir objetivos críticos e identificar os tipos e as fontes de talentos necessárias para atendê-los. Dessa forma, podem então desenvolver estratégias para reter talentos internos críticos e atrair os melhores talentos externos;
•Compreender o que os melhores talentos querem. Todo plano de atração e retenção deve refletir o que os funcionários talentosos querem, mas, frequentemente, há uma lacuna entre as percepções de empregadores e empregados. Segundo estudo do Global Strategic Rewards, apenas 14% das empresas latino-americanas levam em conta as opiniões dos funcionários na elaboração de programas de remuneração. Uma dica: a empresa pode se utilizar de pesquisas para reunir informações sobre atuais e potenciais funcionários, o que permite a melhor alocação de recursos;
•Incorporar incentivos de longo prazo. Os incentivos de longo prazo melhoram a atração e a retenção, despertando nos funcionários o interesse pelo sucesso da empresa no longo prazo. Eles também dão aos empregadores a oportunidade de recompensar e motivar seletivamente funcionários com alto desempenho e habilidades críticas. Atualmente, apenas 40% dos empregadores latino-americanos que participaram do estudo oferecem incentivos de longo prazo, com grande variação entre os países (por exemplo: México, 58%; Argentina, 25%);
•Ampliar incentivos de curto prazo. Considerar a introdução de planos de incentivo de curto prazo a um maior número de pessoas e elevar as expectativas de desempenho associadas com a remuneração. Isso ajuda a fazer com que os funcionários se sintam mais engajados com os objetivos organizacionais, ao mesmo tempo em que aumentam suas oportunidades econômicas;
•Melhorar a comunicação sobre a remuneração total. Quase todas as empresas latino-americanas presentes no estudo (97%) mantêm análises competitivas de mercado sobre a remuneração total. Aproximadamente dois terços delas implantaram um sistema de avaliação de cargos e uma estratégia de remuneração total. O problema é que poucas empresas obtêm retorno total destes programas, muitas vezes devido a uma comunicação falha. Melhorando a compreensão dos funcionários e candidatos das ofertas de remuneração total, as empresas podem aumentar o valor percebido.

Fonte: http://www.administradores.com.br
Acadêmica: Fabiane Giaretton

Crise reduz número de milionários no mundo

Número de milionários recuou para 8,6 milhões em 2008.
No Brasil, 12 mil pessoas deixaram de ser milionárias no país.


O número de milionários no mundo caiu drasticamente, mostrando que os ricos não conseguiram escapar dos efeitos da crise financeira global. Essa é uma das conclusões do relatório anual World Wealth Report, elaborado pelo banco Merrill Lynch Global e pela consultoria Capgemini. O número de pessoas cujas riquezas variam de US$ 1 milhão a US$ 30 milhões caiu 14,9%no mundo em 2008, para 8,6 milhões, segundo o levantamento. Esse foi o maior declínio apurado em 13 anos de pesquisa.

Segundo a sondagem, as riquezas dos mais abastados caíram 19,5%, para US$ 32,8 trilhões - nível inferior ao apurado em 2005. "Nunca vimos essa diminuição em todos os anos em que fizemos o relatório", afirmou Ileana van der Linde, gerente da Capgemini.

Brasil

Perto do resto do mundo, a economia brasileira foi considerada uma das menos afetadas. No país, o clube de milionários encolheu 8,4% em 2008, para 131 mil. Com isso 12 mil pessoas deixaram de ser milionárias no país. No ano anterior, no entanto, o Brasil havia apurado um crescimento de 19,1% no número de ricos.

As perdas, no entanto, foram bem menores que as apuradas em outros países, diz o relatório. Nos Estados Unidos, epicentro da crise mundial, a queda foi de 18,5% e no Reino Unido, de 26,3%, para 362 mil.

Por causa das perdas maiores no resto do mundo, o Brasil passou a Austrália e a Espanha no ranking de países que mais concentram milionários, chegando à décima posição. Com isso, o país fica atrás de Estados Unidos, Japão e Alemanha - que ocupam os três primeiros lugares e têm 54% dos ricos do mundo - , seguidos de China, Reino Unido, França, Canadá, Suíça e Itália.

Apesar das perdas severas, os Estados Unidos, com 2,5 milhões, continuam concentrando o maior número de milionários no ranking, seguidos do Japão, com 1,3 milhão de milionários, e da Alemanha, com 810 milhões. Outra novidade é que os milionários chineses ultrapassaram os britânicos e se tornaram a quarta maior população de ricos, com 364 milhões.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios
Acadêmica: Fabiane Giaretton

Desemprego fica em 8,8% em maio, quase estável em relação a abril

Rendimento dos trabalhadores, no entanto, voltou a cair, mostra IBGE. Número de desempregados ficou em 2 milhões nas 6 regiões pesquisadas.

A taxa de desemprego no país ficou em 8,8% em maio, quase estável em comparação com o mês anterior, quando ficou em 8,9%. Foi o segundo mês consecutivo de estabilidade no indicador, após três meses de elevação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2008, o desemprego havia ficado em 7,9%.

O número de desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas ficou em 2 milhões, também estável na comparação com abril, mas 13% maior em relação a maio do ano passado. Já a população ocupada ficou em 21 milhões, número igual ao registrado em abril. Regionalmente, houve alta de 1,5% em Belo Horizonte, na comparação mensal.

Na comparação com maio do ano passado, a população ocupada na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, ficou 6,0%. Já na construção houve alta de 12,9%, enquanto na educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social o crescimento foi de 4,4%. Segundo o IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada (9,4 milhões) não variou em relação a abril e cresceu 2,1% comparado a maio de 2008.

Rendimento tem nova queda

Apesar da estabilidade do emprego, a renda do trabalhador ficou menor na passagem de abril para maio. O rendimento médio real caiu 1,1%, para R$ 1.311,70. Na comparação com maio de 2008, o quadro foi de recuperação, com alta de 3,0%. Na comparação mensal, a maior queda veio dos rendimentos dos militares e funcionários públicos, cujos rendimentos recuaram 2,8%. Já os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado viram seus rendimentos crescerem, em média, 5,5%. Regionalmente, em relação a abril, houve altas em Salvador (1,7%) e Belo Horizonte (4,3%), e recuos em Recife (-3,9%), Rio de Janeiro (-3,6%), São Paulo (-0,7%) e Porto Alegre (-2,2%).

O rendimento médio real domiciliar per capita também caiu 1,2% na passagem de abril para maio, para R$ 854,69. A massa de rendimento real efetivo da população ocupada somou R$ 27,6 bilhões, uma queda de 0,5% em relação a março e teve alta de 2,9% em relação com abril de 2008.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios
Acadêmica: Fabiane Giaretton

Inadimplência de empresas brasileiras sobe 27% no ano, diz Serasa

SÃO PAULO - A inadimplência das empresas brasileiras cresceu 27% no acumulado de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou hoje a Serasa Experian, com base em seu Indicador de Inadimplência Pessoa Jurídica.

O levantamento sinaliza, apesar do avanço, uma desaceleração da inadimplência, dado que no primeiro trimestre foi registrado um crescimento de 33,1% e, no acumulado de janeiro a abril, uma alta de 28,3% em bases anuais.



Segundo os analistas da companhia, no entanto, o indicador evidencia que as empresas brasileiras ainda enfrentam muitas dificuldades: "a recessão nos países desenvolvidos, que prejudica as exportações; a queda nos preços das commodities, com efeitos no agronegócio; e a ruptura dos fluxos financeiros, impactando no financiamento da atividade e dos investimentos empresariais."



Na comparação com mês anterior, a inadimplência das empresas de maio mostrou aumento de 7,2%, justificado pelos analistas pelo maior número de dias úteis em abril.



A Serasa informou ainda que, nos cinco primeiros meses do ano, os títulos protestados se destacaram no ranking de inadimplência, representando 41,3% do indicador. Em seguida ficaram os cheques sem fundos, com 39,3%, e as dívidas com bancos, com 19,3% de representatividade.

Fonte: (Vanessa Dezem | Valor Online)
Acadêmica: Carolina Machado

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Amazônia perde 124 km² de florestas em maio, diz Inpe

Área equivale a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha.
Houve queda de 89% em relação a mesmo mês de 2008.


A Amazônia perdeu pelo menos 123,7 km² de florestas no mês de maio – área equivalente a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma redução de 89% se comparado com o mesmo mês de 2008, quando foi registrado desmatamento de 1.096 km².

A leitura dos satélites foi prejudicada pelas nuvens, que cobriram 62% da Amazônia Legal. Em maio do ano passado, a área coberta por nuvens era de 46%.

O estado onde foram encontradas mais áreas desmatadas foi Mato Grosso, que teve 61,2 km² de florestas derrubadas. Em segundo lugar está Roraima, com 17,7 km², seguido pelo Maranhão, com 17,6 km².

Desde o início do ano, a Amazônia acumula desmatamento de 543,2 km², uma queda de 85% em comparação com o mesmo período de 2008, quando os satélites do Inpe mediram 3.730,1 km² de devastação.

Alerta

A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m². Para o cálculo das áreas desmatadas, são consideradas tanto as matas que foram completamente destruídas – que sofreram o chamado ‘corte raso’ – quanto os locais em que houve degradação parcial.

Em breve, os focos de desmatamento detectados pelo Inpe poderão ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo do Globo Amazônia, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.

O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja destruída.

O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição. Os dados desse sistema são divulgados pelo instituto no final do ano.

Acadêmico: Tiago Fazolo

Fonte: g1.com.br

terça-feira, 23 de junho de 2009

Déficit previdenciário tem primeira queda em 2009

Resultado negativo do setor privado foi de R$ 2,7 bi em maio, com queda de 5,6% perante igual mês de 2008

BRASÍLIA - O déficit previdenciário do setor privado ficou em R$ 2,739 bilhões em maio, com queda real de 5,6% perante igual mês de 2008 (R$ 2,903 bilhões). O principal fator para o recuo foi a receita líquida mensal recorde, a mais elevada desde o início da série em 1994 (excetuando-se meses de dezembro).

Nos cinco primeiros meses de 2009, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) acumulou resultado negativo de R$ 18,090 bilhões, com aumento real (deflacionado pelo INPC) de 10,4% perante igual período do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 16,384 bilhões.

Dados divulgados pelo Ministério da Previdência Social apontam que a arrecadação líquida do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) somou R$ 14,4 bilhões no mês passado, com crescimento real de 8% no confronto com maio de 2008 (R$ 13,339 bilhões).

Do lado das despesas com aposentadorias e pensões, houve elevação de 5,5% em termos reais, para R$ 17,14 bilhões, em relação aos R$ 16,242 bilhões do quinto mês de 2008.

No acumulado de janeiro a maio, a receita ficou 5,8% superior àquela de mesmo período de 2008, somando R$ 68,529 bilhões. Já o pagamento de benefícios consumiu R$ 86,619 bilhões, com alta real de 6,7% em relação aos R$ 81,153 bilhões de um ano antes.

Acadêmica: Franciele Sachet
Fonte: globo.com

A Lei Seca está dando certo. Mas precisa melhorar

Após um ano em vigor, a Lei Seca teve alguns resultados expressivos que deixaram o trânsito mais seguro. Mas é importante reforçar e padronizar a fiscalização para evitar que ela caia no esquecimento, dizem especialistas

Aprovada e sancionada sob muita polêmica em 2008, a lei 11.705, conhecida como Lei Seca, que estabeleceu limites mais rígidos para o ato de beber e dirigir, passou nos últimos dias por uma análise minuciosa. Depois de um ano em vigor, completado neste sábado (20), todos querem saber: a lei deu certo? Pode ser aperfeiçoada? Como isso deve ser feito? Ao responder a essas questões, autoridades do governo e especialistas são unânimes em um ponto: o aumento da fiscalização deve ser o aspecto central do sucesso efetivo da Lei Seca.

"A lei teve bons resultados e produziu um debate importante, mas se ela for desmoralizada, será um retrocesso fenomenal", disse a ÉPOCA o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para Laranjeira, a única forma de sustentar os dados positivos do primeiro ano da lei é ampliar a fiscalização. "O motorista tem que ter a percepção de que pode ser parado", diz. Segundo ele, o exemplo de outros países mostra que a legislação tem que ser acompanhada de punição aos infratores. "Os países que tornaram a lei mais rígida ampliaram a fiscalização, prendendo e multando mais", diz. No Brasil, segundo a Polícia Rodoviária Federal, 320 mil pessoas foram submetidas a testes de nível alcoólico no primeiro semestre deste ano, sendo que 14 mil estavam embriagadas e 9 mil foram presas em flagrante.

Os balanços nacionais divulgados pelo Ministério da Saúde e pela PRF apresentaram dados que devem ser comemorados. O número de internações em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) provocadas por acidentes de trânsito teve uma redução de 23% nas capitais entre o segundo semestre de 2007 (quando a lei ainda não estava em vigor) e o segundo semestre de 2008 (período que se seguiu imediatamente à sanção da lei). No mesmo intervalo, o número de mortes relacionadas ao trânsito caiu 22,5%, também nas capitais. Segundo a PRF, seu balanço mostra que houve uma mudança no comportamento dos motoristas. A prova disso seria a diminuição do número de pessoas flagradas dirigindo alcoolizadas. No segundo semestre de 2008, um a cada seis condutores submetidos ao teste do bafômetro estava bêbado. No primeiro semestre de 2009, o número foi de um a cada 40 motoristas.

Há, no entanto, o lado ruim das estatísticas. Algumas capitais, como Belém e Teresina, registraram aumento no número de internações. A região Norte teve crescimento de 66% no número de mortes entre o primeiro e o segundo semestres de 2008. Segundo os dados divulgados pela PRF, o número de mortes nas estradas federais caiu apenas 2%, um índice bem inferior à média das capitais. A característica comum que une todos esses dados negativos é a falta de fiscalização. As polícias têm poucos bafômetros na região Norte, e os que existem chegaram apenas após a lei entrar em vigor. O Amapá, por exemplo, não tinha nenhum bafômetro em 20 de junho de 2008. O Mato Grosso do Sul receberá as primeiras 25 unidades na semana que vem. E dos dez mil bafômetros comprados pelo governo federal em dezembro, menos de um décimo chegou aos Estados. O mesmo problema está nas estradas federais. Segundo a própria PRF, há um déficit de 3 mil policiais no país e o número de bafômetros está muito aquém do necessário.

O doutor em Segurança no Trânsito David Duarte Lima, professor da Universidade de Brasília e presidente do Instituto Brasileiro de Segurança de Trânsito (IBST), afirma que é preciso, além de aumentar a fiscalização, especializá-la. "O Estado brasileiro ainda está despreparado para a aplicação da lei", disse Lima a ÉPOCA. "Não há treinamento para os policiais nem uma estratégia de fiscalização", afirmou. O professor da UnB diz que é preciso ainda criar uma padronização da fiscalização, para definir quanto tempo a pessoa pode ser retida para fazer o teste do bafômetro, se pode repeti-lo e o que fazer se deseja realizar o teste por meio da coleta de sangue.

A posição dos especialistas é comprovada por algumas iniciativas de curta duração realizadas no Brasil. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, intensificou a fiscalização a partir de março e fez campanhas para divulgar a ação. Em poucos dias, foi possível constatar os efeitos do projeto. Na comparação entre 19 e 30 de março de 2008 e o mesmo período em 2009, houve uma queda de 22,15% nos atropelamentos, 14,10% nas capotagens, 12,6% nas colisões e 15% nas quedas de moto.

A percepção sobre a efetividade da fiscalização é a mesma no governo. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, celebrou na quarta-feira (17) os resultados apresentados sobre a Lei Seca, mas lembrou que há um "grande desafio" pela frente. "É preciso ter em todo o Brasil, em cidades de médio e pequeno portes, a radicalização da fiscalização", afirmou. O mesmo discurso tem o ministro da Justiça, Tarso Genro, que disse na semana passada ver a lei como "o início de uma grande mudança". "Essa mudança tem que ser acompanhada de uma fiscalização muito rígida, que agora está começando a ser feita", disse.

Acadêmica: Franciele Sachet
Fonte: Revista Época / 18-06-02009

Lula diz que empresários não repassam redução de impostos para preços e defende dar o dinheiro para pobres

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira no Rio que os empresários não estão repassando a desoneração dos impostos para o preço dos produtos. Ele defendeu o repasse direto de recursos à população como a melhor forma de ativar a economia.
Segundo ele, seu governo já desonerou o equivalente a R$ 100 bilhões e defendeu o repasse de recursos diretamente à população mais pobre, que usa o dinheiro para consumir.
- Tenho tido reuniões no Ministério da Fazenda e dito que, ao invés de ficar desonerando o tanto que está desonerando, é melhor pegar esse dinheiro e dar para o pobre. Se os pobres tiverem dinheiro e forem comprar, vocês vão ter que produzir. A gente desonera e vocês não repassam para o custo dos produtos - disse Lula, ao participar do lançamento do projeto de revitalização do Porto do Rio.
- Nós já desoneramos neste meu mandato R$ 100 bilhões , imagine R$ 100 bilhões na mão de um pobre brasileiro. Cada R$ 1 que der na mão de uma pessoa pobre, ele volta automaticamente para o comércio, ele volta para o consumo. Voltando para o consumo, vai reativar a economia. Muitas vezes, você dá R$ 1 milhão para uma pessoa, ela vai botar no banco, que não faz nada e só ele vai ganhar dinheiro.
O presidente criticou o fato de que a extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que fez a União perder R$ 40 bilhões, não se refletiu no repasse da queda do preço para a produção.
- Tem países na América Central onde a carga tributária é de 9 a 11%. Um país que tem essa carga tributária não existe. Não pode cuidar de nada. Cortaram R$ 40 bilhões da CPMF e acharam que eu não ia ganhar as eleições. Eu ganhei e vou ganhar outra vez.
No Brasil, a carga é de 38,45% do Produto Interno Bruto (PIB).
No discurso, Lula defendeu ainda o atual nível da carga tributária brasileira. Segundo ele, percentuais mais baixos não dão condições de governabilidade nem permitem a implantação de políticas públicas.
Lula admitiu, no entanto, que as reduções de impostos promovidas para enfrentar a crise têm estimulado o consumo de veículos e eletrodomésticos.
- São coisas que fazem as pessoas ter dinheiro para comprar. Dê um centavo na mão do pobre que ele vai usar. Quem tem apartamento ou geladeira não vai comprar.

Academico: Flaviano Perin
Fonte: globo.com

Congresso discute crise de valores na educação

Alunos indisciplinados e professores desmotivados. O cenário, já conhecido para quem trabalha com educação, levanta uma série de questionamentos. Estaríamos vivendo uma crise de ausência dos valores que nortearam a educação em tempos passados ou são os próprios valores que estão em crise? Para discutir essas questões e apresentar perspectivas diferentes para compreender um dos problemas que mais incomodam os educadores, será realizado, nos dias 1, 2 e 3 de Julho, em Campinas, o I Congresso de Pesquisas em Psicologia e Educação Moral: crise de valores ou valores em crise?.

O encontro acontece no Centro de Convenções e na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e reunirá alguns dos principais pesquisadores brasileiros da área como Yves de La Taille, Lino de Macedo, Suzana Menin, Telma Vinha e Luciene Tognetta, bem como Juan Delval, da Espanha, e Manoel Tostain, da França. Será realizado em um momento particularmente crítico, no qual alguns caminhos apontados pelo poder público sugerem um viés policialesco para a questão - é o caso da instalação de câmaras internas nas escolas paulistas, anunciadas recentemente pelo governo do Estado.

O congresso é dirigido a pesquisadores e docentes da Educação Superior e da Educação Básica, alunos de graduação e pós-graduação, e profissionais da área de psicologia, educação e áreas afins. Promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral e pelo Laboratório de Psicologia Genética da Unicamp, o I Congresso de Pesquisas em Psicologia e Educação Moral terá a participação e apoio de diversas instituições, tais como a USP, Unesp, Unifran, UEL, UMESP, USF, UNIFAE e Uniban, entre outras. Será o primeiro evento do gênero Brasil, e terá frequência bianual.

Academica: Andrieli Pozenato

Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12718

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Em maio, país teve criação de 131,5 mil vagas formais de trabalho

Nos cinco primeiros meses, saldo chegou pela primeira vez a 180 mil.
Emprego na indústria cresceu pelo segundo mês consecutivo.


O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, divulgou nesta segunda-feira (22) os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), que mostram uma recuperação do mercado de trabalho. O saldo de empregos em maio ficou em 131,5 mil, superior ao registrado em abril, quando foram criadas 106 mil vagas no país. Segundo o ministro, os números mostram a recuperação do mercado de trabalho no Brasil. Nos cinco primeiros meses do ano, o país registrou saldo - diferença entra vagas criadas e fechadas no período - no número de empregos formais de 180 mil vagas. É o melhor resultado desde setembro do ano passado, quando foram criados mais de 282 mil postos com carteira assinada. “Pela primeira vez no ano, o crescimento ocorre em todas as regiões e em todos os setores da economia”, comemorou Lupi. Contudo, o saldo ainda é bem inferior ao 797,5 mil postos formais de trabalho fechados entre novembro de 2008 e janeiro deste ano por conta da crise financeira internacional.

Setores

Todos os seis principais setores da atividade econômica registraram crescimento. De acordo com os dados do Caged, o segmento de agricultura foi o que teve o melhor desempenho absoluto em maio: 52.927 vagas a mais. No ano, o saldo do setor chegou a 71,7 mil. A construção civil voltou a apresentar desempenho positivo de admissões. Nesse segmento foram criados 17,4 mil postos de trabalho no mês passado. No ano, já são 61 mil empregos formais. No setor de serviços foram abertas 44 mil vagas. Com esse resultado, a área mantém uma evolução de empregos com carteira assinada no ano de 212,5 mil. Na administração pública também houve mais admissões do que demissões. O saldo foi de 5.032. No ano, o resultado é de 28,8 mil vagas. No comércio, o mês de maio registrou saldo de 14,6 mil. No ano, o segmento ainda apresenta um déficit no nível de emprego de 50,5 mil postos de trabalho, em relação ao período anterior à crise. A indústria de transformação registrou pela segunda vez no ano um desempenho positivo. Em abril, houve criação de 183 novos postos de trabalho formal. Em maio, foram abertas 700 vagas. Contudo, o desempenho do setor no ano ainda é bastante negativo e o déficit é de 146,4 mil postos formais de trabalho em relação ao período anterior à crise.

Seguro-desemprego

Lupi também comemorou um acesso menor ao seguro-desemprego em maio deste ano, comparado a maio do ano passado. “Em maio do ano passado, houve 566.676 pedidos de seguro-desemprego. Em maio deste ano, o número de pedidos foi de 536.170”, disse. Na avaliação do ministro, a recuperação do mercado de trabalho indica que será possível abrir até 400 mil novas vagas formais no país. “Eu acredito que será possível criar entre 350 mil a 400 mil no primeiro semestre”, afirmou.

Regiões

Das 27 unidades da federação, em nove ainda há déficit de empregos formais neste ano. Nos outros 18 estados, o número é positivo. São Paulo é o estado que teve o melhor saldo em maio, com a criação de 44,5 mil vagas. Na região Nordeste, segundo os números do Caged, foram criadas 13,7 mil vagas. No Norte, houve a criação de 5 mil postos formais em maio. O Sudeste voltou a puxar o crescimento do emprego formal no país e registrou mais de 100 mil postos de trabalho. Em abril, a região tinha criado 99 mil vagas. No Sul, o saldo foi de 5,5 mil admissões. Na região Centro-Oeste, o número também foi positivo em 7,2 mil postos.

Siderurgia

O ministro afirmou que recebeu informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda sobre a admissão de cerca de 70% dos empregados da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) demitidos durante a crise. “A CSN voltou a contratar pelas informações que recebi e cerca de 70% dos funcionários demitidos na crise já estão retornando ao trabalho”, disse. No segundo semestre, segundo ele, os setores da indústria de transformação, da construção civil e da siderurgia puxarão o crescimento do emprego formal no país.

Acadêmico: Vinícius Matiello
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios

Emprego com carteira assinada cresce em maio pelo quarto mês seguido

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

Atualizado às 12h30.

A economia brasileira registrou a criação de 131.557 vagas com carteira assinada em maio, o quarto mês seguido de recuperação, após o aumento das demissões registrado devido aos efeitos da crise econômica. Trata-se do melhor resultado desde setembro do ano passado.




Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil

O número de maio representa a diferença entre 1,348 milhão de contratações e 1,217 milhão de demissões no período. Pela primeira vez no ano, houve aumento do emprego em todos os setores e todas as regiões do país.

Por conta do saldo de maio, no acumulado do ano, o resultado está positivo em 180.011 vagas.

Entre novembro e janeiro, haviam sido fechadas quase 800 mil vagas com carteira assinada. Somente em janeiro, foram fechadas 101 mil vagas. Houve recuperação a partir de fevereiro, quando foram criados 9.179 empregos. Em março, foram abertos 34.818 postos; em abril, 106.205.

Nos últimos 12 meses, foram criadas 580.269 vagas. Isso representa uma perda de cerca de 800 mil empregos em relação ao resultado no final de 2008 (1,452 milhão de vagas).

Setores

Em maio, houve expansão do emprego nos setores de agricultura (52.927), serviços (44.029), construção civil (17.407) e comércio (14.606). Na indústria, o resultado ficou praticamente estável: foram geradas 700 vagas, resultado puxado pelo setor alimentício (13.382 vagas). Já na indústria metalúrgica foram fechados 5.499 postos, na mecânica, 2,917 postos.

Regionalmente, os resultados ficaram positivos no Sudeste (100.020), Nordeste (13.731), Centro-Oeste (7.233), Sul (5.534) e Norte (5.039). O destaque foi o estado de São Paulo, com abertura de 44.521 postos de trabalho.


As nove maiores regiões metropolitanas do país criaram 20.008 postos. Somente na Grande São Paulo, foram 13.049 vagas.

"São Paulo, votando a crescer, volta a puxar a economia e a geração de postos de trabalho no Brasil", afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Seguro-desemprego

De acordo com o Ministério do Trabalho, houve uma queda no número de pedidos de seguro-desemprego em maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de 566 mil pedidos para 536 mil solicitações.

O ministro afirmou também que espera para junho em resultado melhor que maio, principalmente na indústria, no comércio e na construção civil.

Lupi espera fechar o semestre com a geração de 350 mil e 400 mil novos empregos, o que só seria possível com a um resultado positivo de cerca de 200 mil neste mês. O ministro manteve a previsão de que em 2009 serão gerados mais de 1 milhão de novos empregos com carteira e de que a economia irá crescer mais de 2%.

O ministro disse que, apesar da melhora no emprego, o governo precisa continuar com uma política de incentivo à produção e ao consumo. Ele defendeu a prorrogação da redução de tributos sobre produtos de consumo, como veículos e eletrodomésticos. Afirmou também que está sendo concluída a redução dos juros nas linhas de crédito com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

"Não se deve mexer em time que está ganhando. Devemos continuar com essa política de incentivo ao consumo", afirmou.

Fonte: Folha Online.
Academico: Maurício Martelli.

domingo, 21 de junho de 2009

Setor agrícola e pecuário terá crédito 37% maior para safra 2009/2010

Volume de recursos é de R$ 107,5 bilhões, informou governo federal.
Foco será médio produtor rural, cooperativismo e produção sustentável.
O governo federal vai destinar R$ 107,5 bilhões ao setor agrícola, de acordo com o Plano de Safra 2019/2010 divulgado neste domingo (21) em Londrina, no Paraná, pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.
De acordo com o ministro, o foco central será o incentivo ao médio produtor rural, ao cooperativismo e à produção agropecuária sustentável. O total previsto acrescenta mais 37% de recursos para o crédito rural em relação ao Plano Agrícola e Pecuário do período anterior. Para a nova safra, a agricultura comercial contará com R$ 92,5 bilhões e a familiar terá R$ 15 bilhões.
Os programas de investimento para a safra 2009/2010 vão contar com R$ 14 bilhões, um avanço de 37% em relação ao plano anterior.
Entre as novidades, está a criação do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), que terá R$ 2 bilhões. Além disso, serão ampliados o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural), cuja verba subirá de R$ 2,9 bilhões para R$ 5 bilhões, e o Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), com alta de R$ 1 bilhão para R$ 1,5 bilhão.
Os recursos para custeio e comercialização a juros controlados serão acrescidos em 20,8%, para R$ 54,2 bilhões. Os preços mínimos fixados para 33 culturas foram reajustados em até 65%, informou o ministério.
Entre as culturas cujos valores serão aumentados estão o arroz (20%), o leite (15%), a raiz de mandioca (12%), a soja (10%) e o milho (6%). Para a safra 2009/2010, o governo aumentará de 25 para 39 o número de culturas contempladas pelo zoneamento agrícola de risco climático, programa que tem por objetivo reduzir as perdas nas lavouras ocasionadas pelo clima.

Médio produtor
O médio produtor agrícola terá na safra 2009/2010 R$ 5 bilhões para financiar a lavoura, uma alta de 72% nos recursos previstos no ciclo anterior. Esses recursos serão ofertados por meio do Proger Rural, programa que foi reformulado pelo ministério para facilitar o acesso ao crédito com condições facilitadas.
Além da ampliação do volume financeiro, o programa dobrou o limite de renda do produtor que pode ter acesso aos recursos. Agora, será necessário comprovar uma renda superior a R$ 110 mil e inferior a R$ 500 mil. Os limites de crédito para custeio, investimento e comercialização, subiram de R$ 150 mil para R$ 250 mil.

Cooperativas
O cooperativismo, responsável por quase 40% da produção nacional de grãos, foi contemplado no Plano de Safra com R$ 2 bilhões por meio do Procap Agro, programa criado para desenvolver a ampliação do capital de giro e a reestruturação patrimonial das cooperativas de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola e pesqueira.
Segundo as regras do programa, os recursos poderão financiar a aquisição ou a integralização das cotas-parte do capital social das cooperativas e também será possível aumentar o capital de giro associado ou não a um projeto de investimento, além do saneamento financeiro da cooperativa.
O limite de financiamento será de R$ 25 mil por associado e o limite da cooperativa foi fixado em R$ 50 milhões. A linha de crédito, com prazo de reembolso de até seis anos, tem taxa de juro anual de 6,75%.

Fonte:G1
Acadêmico: Ronei Cazzarotto

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Alta de preço na entressafra do leite é a maior desde 1996

Entre maio e junho, reajuste do produto foi de 12%, segundo a FGV.
Oferta de leite caiu neste ano, na comparação com 2008.


Pagar mais caro pelo leite é comum nesta época de entressafra. Mas o aumento do preço surpreendeu neste ano: é o maior desde 1996.

Há consumidores que já cortam receitas que levem leite, como bolos e doces, para economizar. E, com os preços altos, evitam comprar o produto em grandes quantidades.

De janeiro a maio de 2009, o preço do leite tipo longa vida subiu 20,2%, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a maior variação em 13 anos.

As pesquisas de preços mais recentes confirmam a sequência de aumentos. Considerada a variação entre os dias 11 e 17 dos meses de maio e junho, a alta foi de 12% em 30 dias. E o motivo do aumento nos supermercados é a queda na produção de leite no país.

Produção

Nos primeiros quatro meses do ano, a oferta de leite no mercado nacional caiu 7%, na comparação com a mesma época do ano passado. E o reflexo do preço do leite fez o movimento inverso, com uma subida embalada pelos problemas no campo.

Em uma fazenda de Minas Gerais, menos de um terço das vacas produz leite agora. E o dono reclama que está gastando muito com ração, por causa de seca e da falta de pasto. “Neste período de entressafra, meu custo de produção aumenta em torno de 40% só de alimentação”, diz o produtor de leite André Luiz Alves.

Mas, no segundo semestre o susto com o preço do leite pode ser menor. “A partir de agosto, as condições climáticas tendem a melhorar. (...) Nessa situação, o preço do leite começa a recuar um pouco, mas é difícil que ele retorne os preços que vigoraram antes desse período de entressafra”, ressaltou o pesquisador André Braz, da FGV.


Acadêmico: Tiago Fazolo

Mantega diz esperar alta de 4% no PIB em 2010 e de 5% em 2011

Ministro diz que, em 2009, resultado será 'positivo, mas muito fraco'.
Para ele, Brasil é o mais atrativo do Bric por sistema financeiro ‘moderno’.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega apresentou, nesta quinta-feira (18), projeções para o crescimento econômico do país. O ministro voltou a dizer que, neste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter um crescimento de 1%. Para 2010, o ministro prevê uma expansão de 4%, e para 2011, de 5%. “Em 2009, teremos um resultado fraco. Positivo, mas muito fraco. Isso significa que teremos que continuar fazendo política fiscal, política monetária, novas medidas que estão sendo praticadas pelo governo, de modo que em 2010 nós possamos alcançar um crescimento de 4%. (...) E que em 2011, possamos voltar a um crescimento de 5% do PIB”, afirmou. “A crise amainou, mas ainda não é hora de comemorar, ainda há muito a fazer.” Segundo o ministro, os países que formam o grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) vão liderar o crescimento econômico pós-crise. “O Bric vai capitanear o crescimento mundial nos próximos anos”, disse, em São Paulo, na entrega do Prêmio Destaque Agência Estado Empresas. “A crise fez uma espécie de teste de estresse nos países e o Brasil passou neste teste, demonstrou que estava forte. A crise vai colocar os emergentes em destaque. Eles sairão mais fortes”, disse. Mantega afirmou que apesar de a recuperação ter começado por China e Índia, o Brasil é o país mais atrativo do grupo. “A recuperação começou pelos países do Bric mais sólidos – China e Índia. Brasil e Rússia também estão caminhando nesta direção. (...) O Brasil é mais atrativo que os outros Bric, porque têm um sistema financeiro mais moderno. ”Nesta semana, o presidente Lula esteve na Rússia, para encontro com os líderes dos países. Segundo o presidente, os países do grupo "têm demonstrado que estão dispostos a assumir novas responsabilidades, à altura de seu peso no mundo".

Investimentos
Mantega e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que também esteve no evento, disseram que o governo vai adotar medidas para estimular investimentos pelas empresas. "Nós vamos tomar novas medidas para estimular os investimentos, que ficaram bastante deprimidos", disse Mantega, que disse que essas medidas seriam para reduzir o custo dos investimentos. Segundo Coutinho, o setor que mais preocupa é o de bens de capital (máquinas e equipamentos para empresas), "o primeiro a entrar e o último a sair da crise". "Queremos ajudar o setor nessa travessia", disse ele. Os dois, porém, não deram mais detalhes sobre essas medidas.

EUA
De acordo com o ministro, as medidas anunciadas na quarta-feira pelo presidente norte-americano, Barack Obama, serão “altamente positivas” para o fim da crise mundial. “É necessário um avanço na regulamentação do mercado financeiro nos EUA e na Europa, com a redução da alavancagem para não permitir abusos e aventuras como aconteceram. ”Segundo ele, o Brasil já tem uma regulamentação muito avançada e está é uma das razões porque a economia no Brasil está mais sólida que nos Estados Unidos e na Europa. Mantega também falou que as medidas dos EUA, em um primeiro momento, por causa da “desalavancagem” (redução da exposição do banco a risco), podem levar a um nível de crédito menor. “A crise que começou e se agravou em 2008 não acabou, só entrou em uma fase mais benigna. O pior já passou, ou parou de piorar.”

Carros

O ministro da Fazenda não quis comentar sobre uma possível prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros. "Sobre esse tema eu não posso falar nada", disse ele. "O importante é que vale a redução do IPI até o final deste mês. Ainda temos acho que duas semanas pela frente, dá tempo de todo mundo ir comprar o seu novo veículo. Nós ainda não sabemos o que vamos fazer depois. "Mantega disse que a produção de carros no país de janeiro a maio já foi “ligeiramente superior” à de 2008, no mesmo período. “Apenas três países conseguiram isso: a Alemanha, porque está despejando dinheiro, a China e o Brasil”, afirmou. No entanto, de acordo com o último relatório da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a maio deste ano as montadoras somam 1.187.007 unidades produzidas, um índice 14,2% menor em relação ao volume fabricado entre janeiro e maio de 2008, de 1.384.080 unidades.

Acadêmico: Vinícius Matiello
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/