segunda-feira, 22 de junho de 2009

Em maio, país teve criação de 131,5 mil vagas formais de trabalho

Nos cinco primeiros meses, saldo chegou pela primeira vez a 180 mil.
Emprego na indústria cresceu pelo segundo mês consecutivo.


O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, divulgou nesta segunda-feira (22) os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), que mostram uma recuperação do mercado de trabalho. O saldo de empregos em maio ficou em 131,5 mil, superior ao registrado em abril, quando foram criadas 106 mil vagas no país. Segundo o ministro, os números mostram a recuperação do mercado de trabalho no Brasil. Nos cinco primeiros meses do ano, o país registrou saldo - diferença entra vagas criadas e fechadas no período - no número de empregos formais de 180 mil vagas. É o melhor resultado desde setembro do ano passado, quando foram criados mais de 282 mil postos com carteira assinada. “Pela primeira vez no ano, o crescimento ocorre em todas as regiões e em todos os setores da economia”, comemorou Lupi. Contudo, o saldo ainda é bem inferior ao 797,5 mil postos formais de trabalho fechados entre novembro de 2008 e janeiro deste ano por conta da crise financeira internacional.

Setores

Todos os seis principais setores da atividade econômica registraram crescimento. De acordo com os dados do Caged, o segmento de agricultura foi o que teve o melhor desempenho absoluto em maio: 52.927 vagas a mais. No ano, o saldo do setor chegou a 71,7 mil. A construção civil voltou a apresentar desempenho positivo de admissões. Nesse segmento foram criados 17,4 mil postos de trabalho no mês passado. No ano, já são 61 mil empregos formais. No setor de serviços foram abertas 44 mil vagas. Com esse resultado, a área mantém uma evolução de empregos com carteira assinada no ano de 212,5 mil. Na administração pública também houve mais admissões do que demissões. O saldo foi de 5.032. No ano, o resultado é de 28,8 mil vagas. No comércio, o mês de maio registrou saldo de 14,6 mil. No ano, o segmento ainda apresenta um déficit no nível de emprego de 50,5 mil postos de trabalho, em relação ao período anterior à crise. A indústria de transformação registrou pela segunda vez no ano um desempenho positivo. Em abril, houve criação de 183 novos postos de trabalho formal. Em maio, foram abertas 700 vagas. Contudo, o desempenho do setor no ano ainda é bastante negativo e o déficit é de 146,4 mil postos formais de trabalho em relação ao período anterior à crise.

Seguro-desemprego

Lupi também comemorou um acesso menor ao seguro-desemprego em maio deste ano, comparado a maio do ano passado. “Em maio do ano passado, houve 566.676 pedidos de seguro-desemprego. Em maio deste ano, o número de pedidos foi de 536.170”, disse. Na avaliação do ministro, a recuperação do mercado de trabalho indica que será possível abrir até 400 mil novas vagas formais no país. “Eu acredito que será possível criar entre 350 mil a 400 mil no primeiro semestre”, afirmou.

Regiões

Das 27 unidades da federação, em nove ainda há déficit de empregos formais neste ano. Nos outros 18 estados, o número é positivo. São Paulo é o estado que teve o melhor saldo em maio, com a criação de 44,5 mil vagas. Na região Nordeste, segundo os números do Caged, foram criadas 13,7 mil vagas. No Norte, houve a criação de 5 mil postos formais em maio. O Sudeste voltou a puxar o crescimento do emprego formal no país e registrou mais de 100 mil postos de trabalho. Em abril, a região tinha criado 99 mil vagas. No Sul, o saldo foi de 5,5 mil admissões. Na região Centro-Oeste, o número também foi positivo em 7,2 mil postos.

Siderurgia

O ministro afirmou que recebeu informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda sobre a admissão de cerca de 70% dos empregados da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) demitidos durante a crise. “A CSN voltou a contratar pelas informações que recebi e cerca de 70% dos funcionários demitidos na crise já estão retornando ao trabalho”, disse. No segundo semestre, segundo ele, os setores da indústria de transformação, da construção civil e da siderurgia puxarão o crescimento do emprego formal no país.

Acadêmico: Vinícius Matiello
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios

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