sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mudança que dá gosto

Pai e filho conquistam grandes clientes com inovações em sobremesas congeladas e esperam faturar R$ 13 milhões em 2009.

Os olhos brilham e a voz muda de timbre quando Marcelo Beyruti, 31 anos, conta à história do negócio que criou com o pai, Nelson Beyruti, 62 anos. Especializada em sobremesas congeladas, a Mr. Bey Sobremesas Premium fabrica em média 60 toneladas de doces mensalmente, distribuídos para mais de 400 cidades em 12 estados. Com conquistas dignas de grandes companhias, a fábrica de Campinas, no interior de São Paulo, tem estrutura enxuta de 100 funcionários e linha de produção que mescla processos automatizados e artesanais. Crescendo de 25% a 30% ao ano desde 2005, a Mr. Bey espera faturar R$ 13 milhões em 2009, 20% a mais do que no ano passado. Um dos ícones de seu sucesso são os supermercados Pão de Açúcar, que colocam as tortas e bolos da dupla nas prateleiras ao lado de nomes conhecidos, como a linha Miss Daisy, da Sadia. "Entrar no mercado por uma das maiores redes de supermercado do país facilitou as negociações com outros varejistas", diz Marcelo.
Apesar de a marca ter sido lançada em 2005, sua origem remonta a 1998, quando Nelson e Marcelo começaram a produzir coalhada seca. A combinação da tradição libanesa da família com a observação atenta às necessidades dos consumidores, resultou em uma mercadoria inédita: a iguaria árabe industrializada, com validade de 30 dias. O feito foi responsável por abrir as portas do Grupo Pão de Açúcar para a empresa, então batizada Alibey Alimentos Especiais. "Além de identificar uma oportunidade, eles entenderam as necessidades dos clientes em termos de qualidade, embalagens, preços e logística", afirma Roberto Nascimento de Oliveira, professor do Núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Para Mariangela Ikeda, diretora comercial de perecíveis do Grupo Pão de Açúcar, os maiores diferenciais dos Beyruti são a qualidade e a padronização, combinação difícil de encontrar entre os pequenos fornecedores de confeitaria. "São produtos voltados para as classes AA e AB", diz.
Pai e filho conseguiram tantas mudanças, sem fazer uso da terceirização, porque recrutaram profissionais tarimbados de grandes companhias para assumir todos os cargos-chave da empresa. "Se você não contrata gente qualificada, vai continuar sempre um negócio familiar e sem profissionalismo", diz Nelson. Na área comercial, a mudança adotada veio na forma de um call center interno, que telefona em dia e horário pré-combinados para cada um dos clientes e confirma os pedidos da semana. "Nossos parceiros não ligam para fazer encomendas", conta Marcelo. A ferramenta, em funcionamento há dois anos, estimula as vendas e organiza as rotas de entrega para o food service.
No entanto, o sucesso de hoje não é resultado só de acertos. Eles revelam já haver criado produtos inadequados por não terem feito pesquisa de mercado; contratando pessoas com foco diferente do deles; esquecido de comunicar departamentos a respeito de lançamentos; e errado na logística de entrega das mercadorias congeladas. Coisas da vida empreendedora. "Todos os dias tem algo para ser revisto e é preciso saber retroceder", afirma Nelson. As lições foram aprendidas e, por enquanto, a dupla tem apenas uma reclamação: "Com tanta sobremesa, está difícil manter a silhueta".

Fonte: Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios

Academica: Vanessa Hermann

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Até junho, Ponto Frio vai anunciar comprador

São Paulo - O processo de venda da rede de varejo Ponto Frio entra na reta final das negociações com três concorrentes na disputa: Magazine Luiza, Grupo Silvio Santos e Insinuante, segundo duas fontes próximas à negociação. Na semana passada, em reunião fechada com o alto escalão da companhia, no Rio de Janeiro, a direção da empresa informou que até esta sexta-feira (dia 29) uma das três propostas deverá ser aceita pelos controladores. De acordo com uma das fontes, que não quis ter seu nome revelado, a meta é fazer o anúncio oficial da venda no dia 8 de junho.
Sem revelar os valores envolvidos nas propostas, as fontes dizem que o Magazine Luiza é um forte candidato à compra do Ponto Frio. Com 455 lojas em sete Estados, o Magazine Luiza poderia antecipar, com a incorporação do Ponto Frio, seu plano de expansão na Grande São Paulo, que prevê mais de 120 lojas até o fim de 2010. Em setembro do ano passado, a varejista abriu simultaneamente 44 lojas no mercado paulista, em um movimento inédito no varejo. Atualmente, a rede conta com 49 unidades na capital e região metropolitana de São Paulo. Com as lojas do Ponto Frio, o Magazine Luiza teria mais de 160 pontos, ultrapassando a Casas Bahia, que tem cerca de 150 unidades na região. Outro atrativo é a entrada no mercado do Rio de Janeiro, onde o Ponto Frio tem 88 lojas. Outro atrativo são as operações de comércio eletrônico, onde as duas redes fizeram investimentos recentes.
A rede baiana Insinuante também está no páreo para a compra do Ponto Frio. A varejista já manifestou estar disposta a ampliar sua atuação nacional por meio da aquisição de outras redes. A Insinuante conta com 250 lojas em 12 Estados e encerrou 2008 com um faturamento de R$ 2 bilhões. O Grupo Silvio Santos também continua na disputa pela compra do Ponto Frio. Segundo o presidente do grupo, Luiz Sebastião Sandoval, a aquisição poderia antecipar "em alguns anos" o processo de expansão das Lojas do Baú. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acadêmica: Vanessa Hermann
Fonte:http://veja.abril.com.br/agencias/ae/economia/detail/2009-05-27-399384.shtml

Conversa entre Lula e Chávez vaza e expõe divergências

São Paulo - Uma “barbeiragem” da equipe de som que montou as instalações do encontro em Salvador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o líder venezuelano, Hugo Chávez, permitiu que parte da conversa reservada entre os dois fosse transmitida para o público externo. Diante da dificuldade de se chegar a um acordo para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Lula prometeu ao colega venezuelano que, se conseguir eleger sua sucessora, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, todos os problemas serão superados e o projeto sairá do papel.
“Se eu conseguir eleger a Dilma, vou ser o presidente da Petrobras. E você, Gabrielli (José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal), vai ser meu assessor, e o acordo será fechado”, disse o presidente, em tom de brincadeira, sem saber que a ironia estava sendo ouvida por toda a imprensa, na sala ao lado, por meio do equipamento de tradução simultânea montado para a entrevista que seria concedida logo depois.
O vazamento da discussão entre os dois presidentes e Gabrielli permitiu que os jornalistas acompanhassem as dificuldades de negociação, no encontro reservado entre os três. Houve insistentes e inúmeras reclamações de Chávez, além de sua decepção com os novos entraves na discussão.
Quando os assessores dos dois presidentes descobriram que os jornalistas estavam ouvindo a reunião reservada, houve enorme alvoroço e preocupação. Representantes do governo brasileiro exigiram que a empresa que havia fornecido o equipamento tomasse os fones da imprensa. Eles mesmos auxiliaram na execução da tarefa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acadêmica: Vanessa Hermann
Fonte:http://veja.abril.com.br/agencias/ae/brasil/detail/2009-05-27-399374.shtml

terça-feira, 26 de maio de 2009

Mata Atlântica perde área equivalente a dois terços da cidade de SP, diz pesquisa

Estudo divulgado nesta terça-feira (26) mostra que, entre 2005 e 2008, em dez estados brasileiros avaliados, foi desmatada uma área de Mata Atlântica equivalente a cerca de dois terços do tamanho da cidade de São Paulo. Segundo o estudo, 1029,38 km² de mata foram desmatados no período considerado. As informações foram levantadas pela Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Segundo o relatório Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, a área original da mata no Brasil era de 1,315 milhão de km², distribuída em 17 estados (PI, CE, RN, PE, PB, SE, AL, BA, ES, MG, GO, RJ, MS, SP, PR, SC e RS). As informações mostram que esta área atualmente é de 102.012 km², o que significa que a extensão do bioma foi reduzida a 7,91% de seu território original. Essa porcentagem totaliza fragmentos de mata acima de 1km², e tem como base remanescentes florestais de 16 dos 17 estados.

Se forem incluídos os fragmentos acima de 0,03km², o estudo mostra que a área de Mata Atlântica remanescente totaliza 11,41% da cobertura original. Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Alagoas ficaram de fora do estudo.

Média mantida
Flávio Ponzoni, coordenador técnico do estudo, diz que a média de desmatamento total observada nos períodos 2000-2005 e 2005-2008 se manteve praticamente a mesma. Entre 2000 e 2005, 349,65 km² de mata foram desmatados por ano, em média. Já de 2005 a 2008, uma média 341,21 km² do bioma foram desmatados por ano. Ponzoni, entretanto, afirma que, “nestes três anos, confrontando com os cinco anteriores, foi desmatado quase o dobro nos dez estados analisados. O que detectaremos nos próximos dois anos se a tendência se mantiver?”

Minas Gerais no topo
O estudo mostra que os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Paraná foram, nesta ordem, os que registraram maiores índices de desmatamento no período analisado. Esses estados perderam áreas de 327,28 km², 259,53 km², 241,48 km² e 99,78 km², respectivamente, entre 2005 e 2008.

Minas Gerais, de acordo com o relatório, possuía, originalmente, 272,3 mil km² de Mata Atlântica, que recobria 46% de seu território. Atualmente, restam apenas 9,68% da cobertura original. Algumas das razões para esse resultado são, segundo Mário Mantovani, diretor de Mobilização da Fundação, os desmatamentos em áreas de limite entre a Mata Atlântica e o Cerrado, “principalmente em Minas Gerais, por conta da extração de carvão para a siderurgia”.

O município de Jequitinhonha (MG) é o primeiro da lista dos que mais perderam Mata Atlântica no período. Foram 24,59 km² de desmatamento. Em seguida vem Itaiópolis (SC), com 18,06 km², e Bom Jesus da Lapa (BA), com 17,97 km². Além de Jequitinhonha, Minas Gerais tem outros três municípios entre os dez primeiros no ranking de desmatamento – Águas Vermelhas (6º), Teófilo Otoni (7º) e Pedra Azul (9º).

Conexão entre fragmentos
Um dos maiores riscos para o remanescente de mata é a falta de conexão entre um fragmento e outro. Montovani afirma que “a falta de conexão causa sérios problemas, chamados de ‘efeitos de borda’, ou seja, agressão por fogo, veneno, plantas invasoras, dentre outros”.

Fonte: www.g1.globo.com

Acadêmica: Fabiane Giaretton

Governo quer controle da CPI

Na conversa que teve com o líder do PMDB, Renan Calheiros, o presidente Lula enterrou qualquer possibilidade de dividir com a oposição o comando da CPI da Petrobras. Renan Calheiros admitia a idéia de entregar a presidência da CPI ao senador ACM Junior (DEM), mas foi contestado. Antes de receber Renan, Lula comandou reunião com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, baiano como ACM Junior, que rechaçou a proposta. Assessores de Lula já vinham bombardeando a idéia de dividir o comando da CPi. Lula, então, enterrou de vez.

Renan Calheiros chegou a falar com o presidente da dificuldade que está tendo para fazer as indicações do PMDB de nomes de sua inteira confiança por conta da ação do PT nos Estados. “Como indicar um senador de Minas, se lá no Estado o PT pode tentar tomar o espaço do PMDB”, disse Renan, relatando a conversa que teve com Lula. O presidente, segundo assessores, teria encerrado a conversa e não dado prosseguimento à conversa sobre negociação de palanques nos Estados. Ele teria dito que esse é um assunto para ser tratado depois.

Neste momento, o presidente Lula precisa da força do PMDB e dos três votos do partido na CPI. E é também esta a hora de o PMDB extrair do governo aquilo que precisa. A prioridade de Renan, a esta altura, é afastar Aloízio Mercadante do centro das discussões sobre CPI. Mas, segundo assessores do Planalto, o presidente não vai interferir na relação já difícil dos dois. Nem para um lado, nem para outro.

É esperar para ver de que lado a corda vai arrebentar.

Fonte:http://colunas.g1.com.br/cristianalobo/2009/05/25/governo-quer-controle-da-cpi/

Acadêmico: Tiago Fazolo

Contas externas têm superávit em abril, o primeiro em 18 meses

No mês passado, conta corrente teve superávit de US$146 mi, diz BC.
Investimentos diretos sobem em abril, mas caem de 30% no quadrimestre.


A conta de transações correntes, um dos principais indicadores das contas externas brasileiras, se recuperou em abril deste ano ao registrar um superávit de US$ 146 milhões, segundo números divulgados nesta terça-feira (26) pelo Banco Central.

Esse é o primeiro resultado positivo da conta de transações correntes, que engloba a balança comercial, os serviços e as rendas, em 18 meses, de acordo com a autoridade monetária. Em março deste ano, o déficit somou US$ 1,64 bilhão.

Razão do superávit

Dados do BC mostram que a recuperação da balança comercial brasileira foi um dos principais motivos para o saldo positivo registrado em abril. No mês passado, a balança teve um superávit de US$ 3,71 bilhões, contra um saldo positivo de US$ 1,77 bilhão março. Além disso, a queda no volume de remessas de lucros e dividendos também contribuiu para esse resultado.



"O superávit [de abril] não surpreendeu. Ficou positivo depois de um longo tempo de déficit. Desde setembro de 2007. Tem duas fontes básicas: a primeira é o ajuste que se vem observando em remessas de lucros e dividendos. Em abril, foram a metade de abril de 2008. Mas o saldo comercial foi muito positivo. Extrapola a sequência de resultados de um bilhão, um bilhão e pouco dos primeiros meses do ano. É um resultado bom, mas não representa mudança de tendência. Em maio, deveremos ter um déficit de US$ 2,3 bilhões. Mas o quadro geral é positivo", avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Primeiro quadrimestre

Nos quatro primeiros meses deste ano, segundo o BC, o déficit na conta de transações correntes caiu para menos da metade ao somar US$ 4,87 bilhões, contra US$ 12,67 bilhões em igual período do ano passado.



Além da recuperação da balança comercial, outro fator que contribuiu para a redução do déficit em conta corrente neste ano foi o menor volume de remessas de lucros e dividendos ao exterior. Nos quatro primeiros meses de 2008, foram remetidos US$ 12,35 bilhões em lucros e dividendos para fora do país, valor que recuou para US$ 5,27 bilhões em igual período deste ano.

Investimentos diretos

Já os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 3,40 bilhões em abril deste ano, os maiores desde dezembro de 2008, quando totalizara US$ 8,11 bilhões. Para maio, a expectativa do BC é de um ingresso de US$ 2,6 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.



Nos quatro primeiros meses de 2009, porém, os investimentos estrangeiros somaram US$ 8,75 bilhões, os mais baixos para este período desde 2006 (+US$ 4,77 bilhões). Contra o primeiro quadrimestre de 2008 (US$ 12,67 bilhões), a queda foi de 30,9% no ingresso.

Crise financeira

O recuo nos investimentos estrangeiros neste ano diretos acontece em meio à crise financeira internacional, que tem gerado menos disponibilidade de recursos para os investidores, assim como uma expectativa de crescimento menor na economia mundial e, consequentemente, também uma demanda mais reduzida por produtos e serviços.

Para todo este ano, a expectativa do Banco Central é de que os investimentos estrangeiros diretos somem US$ 25 bilhões, com forte queda de 44% frente ao ingresso recorde de US$ 45 bilhões registrado em todo ano de 2008.

Conta de capital e balanço de pagamentos

No caso da conta de capital e financeira, pela qual transitam os investimentos estrangeiros diretos e os investimentos em carteira de estrangeiros (ações e renda fixa, entre outros), o BC informou que foi registrado um superávit de US$ 1,99 bilhão em abril e de US$ 5,56 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano. Isso representa queda de 81,8% frente ao superávit de igual período de 2008 (+US$ 30,64 bilhões).

Com isso, o balanço de pagamentos brasileiro, que engloba todas as transações do Brasil com o exterior, teve superávit de US$ 1,8 bilhão em abril e de US$ 624 milhões no primeiro quadrimestre deste ano, ou 1,44% do PIB, contra um resultado positivo de US$ 12,59 bilhões em igual período de 2008, equivalente a 2,62% do PIB

Fonte: www.globo.com

Acadêmico: Tiago Fazolo

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mantega crê que país será endereço importante para investidor externo.

Segundo o ministro da Fazenda, a entrada de recursos estrangeiros no Brasil evidencia um cenário econômico positivo

SÃO PAULO - O Brasil será visto como destino interessante de capitais externos e já se pode observar esse fluxo. A afirmação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que reforçou seu otimismo em relação à recuperação econômica do país.
Segundo ele, a entrada de recursos estrangeiros no Brasil já está ocorrendo, o que evidencia um cenário positivo para o país "caso estes investimentos se revertam em produção".

A valorização do real frente ao dólar, na opinião de Mantega, já é uma amostra da atração que o país está exercendo sobre os investidores internacionais. O ministro afirma ainda que a moeda nacional tem fortes condições de se tornar uma "moeda de reserva de valor na economia mundial".

De acordo com Mantega, o Brasil será um dos mercados preferidos para novos investimentos. "Seremos um dos endereços mais importantes para os investimentos estrangeiros", reiterou.

Dentre os motivos que levam o Brasil a se mostrar mais resistente à crise ante os demais países, Mantega destacou o fortalecimento do mercado interno, o controle da inflação e a solidez fiscal - características conquistadas pelo país em seu ciclo de crescimento anterior à crise global.

Com relação aos efeitos das atuais medidas de redução fiscal anunciadas pelo governo sobre o superávit primário brasileiro, Mantega garante que eles são passageiros.

"Estamos diminuindo o superávit primário para realizar ações anticíclicas, mas ainda temos um bom desempenho fiscal e logo vamos voltar aos patamares anteriores", concluiu o ministro.

Academica: Franciele Sachet
Fonte: Revista Época - 22/05

Empresas pagam bônus a funcionários mais saudáveis

Cresce o número de empregadores que adotam programas que incentivam – financeiramente – funcionários a adotar bons hábitos alimentares e praticar mais exercícios físicos.

Fazer exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada estão virando uma questão de trabalho. Muitas empresas nos Estados Unidos estão pagando um bônus salarial a funcionários que adotarem hábitos saudáveis. Longe de estarem preocupados com a saúde pública, os empregadores querem reduzir os gastos com saúde e aumentar a produtividade.

O número de grandes empresas que estão investindo dinheiro para “subornar” seus funcionários a ser mais saudáveis é crescente, segundo pesquisa divulgada pela empresa de recursos humanos Watson Wyatt e um grupo sem fins lucrativos chamado National Business Group on Health (NBGH). O estudo investigou como as companhias estão investindo no bem-estar dos trabalhadores. De acordo com o levantamento, hoje 58% das empresas do mercado oferecem programas de bem-estar. Em 2007, a porcentagem era de 43%. Também cresceu a quantidade daquelas que pagam para os funcionários deixarem maus hábitos, como o sedentarismo e a alimentação desregrada. Em 2008 eram 53%, este ano, são 61%.

As empresas que ainda não têm esse tipo de programa estão planejando tomar alguma medida. Um estudo da empresa de consultoria Towers Perrin mostra que, entre as empresas sem programas de bem-estar, 33% delas pretendem iniciar um e 23% delas disseram que vão implantar um ou aumentar o bônus para funcionários que deixarem de lado a pizza para aderir à salada.

Os custos de saúde para as empresas que incentivam os bons hábitos diminuíram em 31% nos últimos cinco anos, segundo a Towers Perrin. Isso foi possível porque foi menor o gasto com doenças como as ligadas ao coração e o diabetes.
De acordo com a pesquisa de um grupo americano sem fins lucrativos, o Wellness Councils of America, para cada dólar que uma empresa gasta para que seus funcionários fiquem mais saudáveis, três dólares serão economizados com seguro-saúde.

A empresa de informática IBM tem um programa de saúde que ajuda os funcionários a largar o cigarro e perder peso, além de incentivar os hábitos saudáveis para os filhos de empregados. Em entrevista à revista americana Time, a diretora da área de bem-estar, Joyce Young, disse que a empresa economizou cerca de US$ 100 milhões em três anos de programa, como resultado de aumento de produtividade e economia com seguro de saúde.

Academico: Flaviano Perin

Mercado baixa de novo previsão de crescimento e vê queda de 0,53% no PIB

Analistas seguem prevendo juros em 9% ao ano no fim de 2009.
Expectativa para superávit comercial deste ano sobe e alcança US$ 20 bi.



A previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira piorou na última semana, segundo relatório de mercado, também conhecido como Focus, documento divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central.


Na semana retrasada, o mercado esperava uma contração de 0,49% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, valor que avançou para uma retração menor (de 0,53%) na última semana. Se confirmada a previsão do mercado, será a primeira retração desde 1992, quando o PIB recuou 0,54%, de acordo com a série histórica disponibilizada pela autoridade monetária. Para 2010, entretanto, a expectativa do mercado para o crescimento do PIB permaneceu estável em 3,50%. Durante a maior parte de 2008, a projeção do mercado financeiro para o crescimento do PIB deste ano esteve em 3,50%. A projeção oficial do governo para o crescimento deste ano já esteve em 5% na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Entretanto, foi revisada por cinco vezes e, neste momento, já está em 1%. O Banco Central revisou sua projeção de crescimento para 2009 de 3,2% para 1,2%.

Produção industrial

A estimativa do mercado financeiro para a produção industrial, por sua vez, continua negativa. Na semana retrasada, o mercado previa uma queda de 4,13% para este indicador em 2009, valor que subiu para uma contração de 4,23% na última semana. Para 2010, o mercado manteve em 4% de crescimento a sua projeção para a produção industrial.

Taxa de juros e inflação

Os economistas consultados pelo Banco Central também mantiveram, na última semana, a previsão de que a taxa básica de juros terminará 2009 em 9% ao ano. Para o mês de junho, a expectativa dos analistas é de que os juros recuem de 10,25% para 9,50% ao ano, ou seja, um corte de 0,75 ponto percentual. No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de atingir metas pré-determinadas pelo governo, tendo como principal instrumento a taxa de juros. Para 2009 e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%. Na última semana, a expectativa do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2009 foi mantida em 4,33%. Mesmo com o aumento, ainda permaneceu abaixo da meta central de 4,50% fixada para este ano. Para 2010, porém, a estimativa do mercado para o IPCA recuou de 4,33% para 4,30%, também abaixo da meta central do período.

Taxa de câmbio

Na semana passada, dado que foi divulgado nesta segunda-feira (25), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 recuou de R$ 2,12 para R$ 2,10 por dólar. Para o fim de 2010, a projeção recuou de R$ 2,20 para R$ 2,18 por dólar na última semana.

Balança comercial

No caso da balança comercial brasileira, a projeção do mercado financeiro para o saldo (exportações menos importações) de 2009 subiu de US$ 18,2 bilhões para US$ 20 bilhões na última semana. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão subiu de US$ 15 bilhões para US$ 15,1 bilhões de resultado positivo. No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 subiu de US$ 22 bilhões para US$ 22,9 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou estável em US$ 25 bilhões.

Acadêmico: Vinícius Matiello
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/

sexta-feira, 22 de maio de 2009

VIVER BEM COM POUCO

Foi-se a era de esbanjar e ostentar. A nova ordem global impõe consumir com parcimônia e priorizar a recompensa emocional
Andres Vera, Celso Masson e Luciana Vicária
No início do século XIX, quando a economia dos Estados Unidos ainda engatinhava em direção ao que viria a ser a maior nação capitalista do planeta, o escritor americano Henry David Thoreau (1817-1862) já questionava o consumismo desenfreado que tomara conta de seus conterrâneos.
Desiludido com os rumos da “terra das oportunidades”, Thoreau trocou a vida na cidade por uma experiência de dois anos na Floresta de Walden, em Massachusetts. Em plena expansão da economia capitalista, ele buscava a simplicidade de viver em harmonia com a natureza. Nascia ali uma das primeiras vozes modernas a pregar a frugalidade. “Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, escreveu Thoreau no livro Walden, a vida nos bosques, obra em que ele relata seu período como eremita.
Quase 150 anos depois, o despojamento perseguido por Thoreau parece enfim estar na moda – inclusive no Brasil. Ele é motivado, em parte, pela crise financeira mundial. A atual escassez de crédito pode encerrar o ciclo de esbanjamento dos últimos anos e dar início a uma nova era de austeridade. Antes do estouro da bolha forçar um basta à extravagância, porém, outros filósofos do cotidiano se propunham a recuperar e atualizar teorias parecidas com as de Thoreau – e também com as de clássicos como os gregos Aristófanes e Epicuro. São ideias que propõem uma revisão radical das escolhas e dos hábitos de consumo. No lugar da gastança, o comedimento. “A frugalidade é uma maneira de recuperarmos coisas imateriais importantes que haviam sido perdidas: tempo, saúde e felicidade”, disse a ÉPOCA o escritor e documentarista americano John de Graaf, autor do livro Affluenza: the all-consuming epidemic (algo como A epidemia do consumo total), ainda sem previsão de lançamento no Brasil. Affluenza é um trocadilho criado a partir de influenza, nome inglês do vírus causador da gripe. Segundo Graaf, o consumo também seria uma doença, caracterizada por “sintomas de ansiedade, dívidas e desperdício”.
Antes que Graaf descrevesse o consumo como doença, a pressa já havia sido diagnosticada como um sintoma de desvio comportamental típico da nossa era. “Vivemos o delírio do tempo. Tudo tem de ser veloz. O processo e a reflexão são sempre pouco importantes”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “A gente só faz o urgente, o importante fica para depois”. Uma vacina contra essa mentalidade da urgência surgiu na Itália, em 1986. Foi quando alguns donos de restaurante italianos se uniram para barrar o avanço das redes de fast-food. Surgia assim o slow food, um movimento para resgatar os prazeres da mesa que iam se perdendo com as refeições rápidas e industrializadas. A ideia deu origem a uma filosofia de desaceleração. Em 2002, a cidade japonesa de Kakegawa se autointitulou a primeira cidade “slow” do mundo. A prefeitura lançou um manifesto com ideias para uma vida mais saudável – e devagar. A população de 118 mil habitantes foi conclamada a andar a pé, construir casas com bambu e papel e cultivar o hábito do tradicional chá japonês. A prefeitura também passou a tomar medidas para negociar a redução da carga horária dos trabalhadores da cidade. A lógica do slow food ainda serviu de exemplo para o conceito do slow travel (turismo sem pressa), que propõe conhecer menos destinos com mais profundidade, mergulhando na cultura local.

Acadêmica: Jianine Gabriela Immich

Começa em Brasília reunião do Cade com presidentes da Sadia e Perdigão

Empresas anunciaram fusão e criação da Brasil Foods na última terça-feira.
É o primeiro encontro com o órgão de defesa econômica desde o anúncio.

Os presidentes dos conselhos de administração da Perdigão, Nildemar Secches, e da Sadia, Luiz Fernando Furlan, estão reunidos na manhã desta sexta-feira (22) com o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, para fazerem uma primeira apresentação da fusão das empresas para o órgão responsável por dar o aval ao negócio. Caberá ao Cade avaliar se a concentração de mercado causada pela fusão das empresas trará ou não prejuízos ao consumidor brasileiro, como o aumento abusivo de preços ou a perda de qualidade dos produtos.

A Perdigão assumiu a então concorrente Sadia em uma transação anunciada na terça-feira (19) e baseada inteiramente em troca de ações. A nova empresa, Brasil Foods, terá faturamento anual superior a R$ 20 bilhões e dominará mais de 55% do mercado de industrializados de carne e margarinas. De acordo com as próprias empresas, a fusão permitirá a criação de uma “grande multinacional” da área de alimentos. Além de faturamento e domínio de mercado, as empresas contabilizam juntas cerca de 120 mil funcionários. De acordo com as normas do Cade, a partir da assinatura do contrato de fusão, as empresas têm prazo de 15 dias para informar o conselho e pedir a aprovação do negócio. O Cade tem 60 dias para analisar o caso, com a possibilidade de paralisar a contagem do período a cada vez que requerer informações adicionais às partes envolvidas no processo.

Acadêmico: Vinícius Matiello
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desemprego pressiona e inadimplência sobe 10,8% no ano, diz Serasa


Com menos dinheiro no bolso, os brasileiros estão deixando de pagar suas contas: segundo pesquisa da Serasa Experian, a inadimplência do consumidor pessoa física subiu 10,8% nos primeiros quatro meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre meses de abril, a alta ficou em 8,9%.
De acordo com a instituição, o desemprego provocado pela crise financeira é o principal responsável pela alta da inadimplência. “Além disso, o maior endividamento de parte da população, sobretudo no longo prazo e a utilização intensiva do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito criam problemas no equilíbrio do orçamento doméstico”, diz a entidade em comunicado. A notícia positiva é que o crescimento da inadimplência perdeu força: a alta dos primeiros quatro meses do ano ficou menor que a do primeiro trimestre, quando foi de 11,4%. O dado é confirmado pela queda da inadimplência em abril na comparação com março, de 9,5%, ainda que influenciado pelo chamado “efeito calendário” – o mês de abril teve dois dias úteis a menos que março.
Tipos e valores das dívidas
Nos quatro primeiros meses de 2009, o ranking da inadimplência das pessoas físicas foi liderado pelas dívidas com os bancos, com 43,5% de participação no indicador. Na segunda colocação do ranking, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que no primeiro quadrimestre de 2009 representaram 37,1% da inadimplência dos consumidores. Nos quatro primeiros meses de 2009, o valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras foi de R$ 374,91, o que resultou em 13,5% de queda, ante o mesmo período de 2008. Quanto às dívidas com os bancos, o valor médio obtido de janeiro a abril deste ano foi de R$ 1.333,15, com um recuo de 2,4%, na comparação com o primeiro quadrimestre de 2008.
Academico: Cristhian J.B. De Carli
Fonte: www.globo/g1

Brasil terá crescimento zero em 2009, diz economista que antecipou a crise

Nouriel Roubini, o chamado 'Senhor Apocalipse', esteve em SP.Atualmente, ele diz que prefere ser chamado de 'Senhor Realista'.


O economista Nouriel Rubini (Foto: AFP)
O Brasil deve ter crescimento zero neste ano ou, na pior das hipóteses, uma retração de 1%. A previsão foi feita nesta quinta-feira (21) pelo economista Nouriel Roubini, o chamado "Senhor Apocalipse" que atualmente prefere ser chamado de "Senhor Realista".

Conhecido por antecipar a crise vigente, Roubini acredita que, assim como outros países emergentes, a economia brasileira tem melhores condições macroeconômicas para se recuperar dos efeitos da "severa" turbulência global. A estimativa é melhor do que a previsão para a América Latina, onde a retração neste ano deve chegar a 2%. Nos Estados Unidos, o PIB deve ficar negativo em 3,5%, diz Roubini, bem acima da previsão para a economia global, que deve se retrair em 1,8% em 2009. Para 2010, o economista espera alta de 1,5% no PIB mundial e expansão perto de 1% para os Estados Unidos. Ele ressalva, no entanto, que, para que o crescimento da economia brasileira seja retomado, o país precisa apostar suas fichas no crescimento interno, já que as economias desenvolvidas levarão mais tempo para sair da recessão, o que impedirá uma volta aos padrões de comércio internacional que vinham sendo registrados pelo país.

Recuperação?
Segundo Roubini, embora os dados do quarto trimestre de 2008 e do primeiro trimestre deste ano tenham sido ruins para o Brasil, os dados de indústria, comércio e confiança dos consumidores sinalizam melhora no mês de abril. "Pode haver uma leve recuperação no segundo trimestre deste ano", diz. O andamento da atividade doméstica também dependerá dos preços de commodities, que tiveram recuperação recentemente, mas podem ter novo ajuste de baixa a partir do segundo semestre, pois as cotações de matérias-primas dependem essencialmente do desempenho da China.

O gigante asiático, por sua vez, deve reduzir o crescimento neste de ano de 10% para 6%, de acordo com ele. Nos Estados Unidos, Roubini acredita que o fim da recessão levará mais tempo do que o previsto e se dará apenas no segundo trimestre do ano que vem. "O crescimento do Brasil vai desacelerar, mas sem riscos de crise financeira. O desafio é crescer mais rápido, porque o potencial de crescimento do país não é o ideal", diz o economista, mencionando que taxas de 4% a 5% observadas nos últimos dois anos ainda estão muito abaixo da média de 8% de expansão de outros emergentes. "O Brasil precisa investir em infraestrutura, em educação, melhorar o sistema tributário e se dedicar a reformas estruturais para elevar seu potencial de crescimento, que ainda não foi suficientemente explorado", reforçou, destacando que isso só deverá ser alcançado no longo prazo. O economista também acredita que há espaço para que o Banco Central continue baixando juros por aqui, atitude que também deve ajudar na recuperação.

Segundo ele, há uma grande diferença entre a política monetária de emergentes e desenvolvidos. A injeção de liquidez nas grandes economias, com salvamento de bancos e estímulo fiscal deve resultar em aumento de inflação nesses países entre 2010 e 2011, mas as taxas de juros já estão muito baixas nessas economias, sem espaço para cortes adicionais. Já em países emergentes, não deve haver deflação, mas os preços tendem a ficar mais controlados, o que abre espaço para a continuidade de flexibilização da taxa de juros, pelo menos no curto prazo. Roubini participou hoje, em São Paulo, do seminário Credit and Marketing Vision, promovido pela Serasa Experian.


Fonte G1 - globo.com

Amanda Braga.

Lula diz que investimentos da Petrobras podem baratear gasolina

Segundo presidente, mais acesso a fontes de petróleo pode reduzir custos.
Na sexta, Petrobras assina acordo para explorar petróleo no Mar Negro.

Da Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (21) que a Petrobras não deve ter medo de fazer investimentos em novas oportunidades. "Isso ajudará a companhia a ter mais acesso a fontes de petróleo", disse. "Com isso, a gasolina, que já está barata no Brasil, pode ficar ainda mais barata."
A Petrobras assina na sexta (22) acordo para exploração de petróleo no Mar Negro. A empresa estima que o Mar Negro possa ser uma nova fronteira para exploração da matéria-prima e prevê que até o fim deste ano a primeira sonda para prospecção já chegará à região.
O governo turco estima que as reservas do Mar Negro sejam de 10 bilhões de barris. "Deus queira que a Petrobras encontre petróleo", afirmou.

Crise

Sobre a crise financeira, Lula apontou que os problemas dos bancos fizeram a máscara cair. "A crise precisa servir de um lembrete de que não podemos no século 21 cometer os mesmos erros do século 20. Foi vendida a ideia de que o mercado por si só resolvia. Mas hoje a máscara caiu", disse
Ele classificou como mentira a acusação de que a alta dos preços do petróleo e das commodities no ano passado fosse culpa do etanol brasileiro ou do aumento da demanda da China.

Mandato

Lula reiterou que seu mandato presidencial terminará no dia 31 de dezembro de 2010. Em discurso a empresários na Turquia, o presidente deixou claro que ainda precisava completar iniciativas na área comercial antes de seu mandato terminar. "Ele (mandato) termina no dia 31 de dezembro de 2010", afirmou.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Politica
Acadêmica: Juliana Possebon

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ONU cria universidade virtual para países em desenvolvimento

Instituição visa promover ensino superior nessas regiões. Estudantes só vão pagar por inscrição (até US$ 50) e por provas.

A ONU apresentou nesta terça-feira (19) a primeira universidade global on-line gratuita, chamada University of the People. O objetivo é promover o acesso ao ensino superior pelos estudantes das regiões menos desenvolvidas do mundo. As únicas despesas ficam por conta de uma taxa de inscrição, entre US$ 15 e US$ 50, e outra entre US$ 10 e US$ 100 por cada teste.

O projeto faz parte da Aliança Global da ONU sobre Tecnologia de Comunicação e Desenvolvimento (Giad, em inglês), criada para solucionar problemas no setor com novas tecnologias. "Para centenas de milhões de pessoas no mundo todo, a educação é um sonho que não pode se tornar realidade. Abrimos portas para que elas possam continuar os estudos e sonhar com uma vida melhor", disse o fundador da instituição, Shai Reshef.

Sem alarde, a universidade abriu o processo de matrículas há duas semanas e já conta com 200 alunos de 52 países, a maioria da China. Reshef explicou que os requisitos para se matricular são acesso a um computador, um diploma de ensino médio e ter noções de inglês.

Os alunos serão divididos em classes virtuais de 20 pessoas. Eles poderão discutir sobre o material e depois realizar um exame on-line. Também poderão ser feitas consultas a professores e estudantes voluntários, para tirar dúvidas.

Acadêmica: Fabiane Giaretton

Crise faz crescer número de cheques sem fundo em abril, diz pesquisa

No mês passado, 2,27 milhões de cheques foram devolvidos.Alta foi de 6,2% em comparação com abril de 2008.

De cada mil cheques emitidos em abril no país, 22,2 foram devolvidos, num total de 2,27 milhões de cheques sem fundo. O volume representa um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo mês de 2008, segundo dados da Serasa Experian.

O crescimento, segundo a entidade, “reflete ainda os efeitos nocivos da crise financeira internacional sobre a atividade econômica, gerando desequilíbrios tanto no fluxo de caixa das empresas como no orçamento doméstico”. A Serasa nota, no entanto, que a elevação no volume de cheques devolvidos no mês passado perdeu força em comparação com o mês anterior, quando atingiu o maior patamar em 18 anos, com 24,6 cheques devolvidos a cada mil compensações. Já nos quatro primeiros meses de 2009, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o volume de cheques devolvidos a cada mil compensados cresceu 16,5%.

Acadêmica: Fabiane Giaretton

terça-feira, 19 de maio de 2009

PIB do Japão cai 15,2% no trimestre na comparação anual, diz governo

Recuo das exportações foi principal causa da retração.Em relação ao trimestre anterior, queda foi de 4%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu 4% no primeiro trimestre de 2009 e 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o governo nesta quarta-feira. A principal causa da queda do PIB da segunda economia do planeta foi o recuo nas exportações, como consequência da crise mundial, destacou o governo.

O resultado representa a queda mais forte desde que o Japão começou a medir as estatísticas sobre o Produto Interno Bruto, em 1955.

Esta é a primeira vez, desde 1945, que o Japão registra quatro trimestres consecutivos de contração econômica. O recuo é inclusive mais severo que o registrado no primeiro trimestre de 1974, durante o choque do petróleo, quando o PIB japonês caiu 13,1%. Além da queda nas exportações, o Japão enfrenta ainda uma clara redução no consumo interno. Os dois são os motores da economia japonesa. Um grupo de 20 economistas ouvido pelo jornal Nikkei havia previsto, em média, uma queda de 16% do PIB anual ao final do primeiro trimestre de 2009.

Queda mais forte
A alta dependência japonesa de indústrias voltadas à exportação para crescer fez com que o país mergulhasse numa recessão mais profunda do que outros países em meio à crise econômica global. A economia da zona do euro encolheu 2,5% entre janeiro e março, enquanto a economia dos Estados Unidos se contraiu numa taxa anualizada de 6,1%. Uma recuperação das exportações e da produção industrial gerou expectativas de que a economia possa registrar algum crescimento nos próximos dois trimestres, mas analistas esperam que qualquer recuperação seja frágil, pois muitas empresas demitiram e reduziram investimentos, afetando a demanda interna.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1160321-9356,00-PIB+DO+JAPAO+CAI+NO+TRIMESTRE+NA+COMPARACAO+ANUAL+DIZ+GOVERNO.html

Acadêmico: Tiago Fazolo

Nestlé vai adquirir duas companhias para trabalhar em novos segmentos

O presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, afirmou hoje (19/05) que a companhia deverá concluir a aquisição de duas empresas até o fim deste mês. "Nós não antecipamos os detalhes, porque há ainda questões legais a serem resolvidas. Mas vamos investir em segmentos novos", disse o executivo, enfatizando que a expansão para segmentos nos quais a Nestlé ainda não atua é uma forma de a multinacional suíça ampliar seu foco no mercado brasileiro.
Em setembro do ano passado, Zurita já tinha anunciado a compra de duas empresas, o que deveria ocorrer em outubro. No entanto, somente em dezembro a companhia anunciou em definitivo a aquisição das fontes da Água Mineral Santa Bárbara, na cidade de Águas de Santa Bárbara, no interior paulista. A segunda aquisição prenunciada pelo executivo na época, no entanto, não foi revelada pela companhia até agora.
Procurada pelo valor para esclarecer sobre os negócios, a Nestlé afirmou que uma das aquisições que deve ser anunciada nos próximos dias é a mesma antecipada pelo executivo no fim de 2008. No entanto, a Nestlé não deu detalhes sobre a outra operação, que, se confirmada, será a terceira realizada pela empresa desde o início do ano passado.
Zurita afirmou ainda que a Nestlé, que opera em 28 segmentos diferentes no país, pretende investir cerca de R$ 350 milhões no Brasil neste ano. Os recursos serão direcionados principalmente para a ampliação da capacidade e para o desenvolvimento de tecnologias, sendo que o montante destinado para fusões e aquisições previstas ainda não foi divulgado.
"Com estes investimentos, temos um plano agressivo para a Nestlé: duplicar o faturamento da empresa (relativo ao exercício de 2009) até 2012", afirmou Zurita.
Na opinião do executivo, o tamanho do mercado brasileiro e as oportunidades de negócios que o país oferece, principalmente ao se diferenciar positivamente das outras economias no que tange à resistência à crise, darão embasamento para o avanço pretendido pela companhia. Somente no Brasil, a companhia fechou 2008 com um faturamento líquido de R$ 13,4 bilhões.
A ampliação dos negócios externos também está no campo de planejamento da empresa para este ano. Segundo Ivan Zurita, neste momento de crise, os mercados chinês e indiano têm um potencial importante para a Nestlé e podem se tornar parceiros contundentes da companhia. "Mas nosso foco é o mercado interno brasileiro, dado que ele sustenta a maior parte das atividades", ponderou o presidente da multinacional.
No sentido da expansão internacional, ele criticou o fato de o Brasil ainda ser muito fechado no que diz respeito ao comércio de produtos agrícolas. "Devemos pensar na abertura total de mercado para alimentos. Só assim teríamos reais ganhos de eficiência", opinou Zurita. "Se isto ocorresse, todo mundo seria obrigado a investir mais para conseguir competir, ou seria excluído do mercado", completou o executivo.
O presidente da multinacional no Brasil esteve hoje em São Paulo, em seminário, promovido pelo Grupo Lide, que reuniu 250 empresários.

Acadêmica: Fabiane Giaretton

Volkswagen e Porsche reafirmam objetivo de fusão

Os fabricantes de automóveis alemães Porsche e Volkswagen reafirmaram nesta terça-feira (19) sua meta de fusão e anunciaram a vontade de trabalhar de modo construtivo para chegar a ela, em comunicado divulgado pela VW. Os presidentes do conselho de vigilância da Porsche, Wolfgang Porsche, e da Volkswagen, Ferdinand Piëch "confirmam que a meta de um grupo automobilístico integrado continua existindo", indicaram em um breve comunicado. Dessa forma, tentaram acalmar as tensões surgidas nos últimos dias, após o cancelamento de uma reunião de trabalho sobre a fusão. "As duas casas vão dar continuidade aos trabalhos visando a atingir este objetivo (de grupo integrado) de forma construtiva e consensual (...)", segundo o comunicado. Os problemas começaram há uma semana quando o "patriarca" Ferdinand Piëch, herdeiro da Porsche e presidente do conselho da VW, atacou a direção do construtor de automóveis esportivos, e manifestou mais uma vez sua preferência pela compra pura e simples das atividades automobilísticas da Porsche pela VW.

Acadêmica: Fabiane Giaretton

Perdigão e Sadia anunciam 'grande multinacional' do setor de alimentos

Segundo executivo, Brasil Foods buscará crescer no mercado externo.Perdigão ficará com 68% de participação, enquanto a Sadia terá 32%.O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, e o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, anunciaram oficialmente em entrevista nesta terça (19), em São Paulo, a criação da Brasil Foods (BFR), resultante da fusão das duas empresas.A nova empresa foi apresentada por Secches como "a grande multinacional brasileira de alimentos brasileiros processados".

De acordo com dados divulgados durante a entrevista, Sadia e Perdigão operam comercialmente em 110 países. "Quase metade do nosso faturamento vem do exterior", afirmou Secches. A nova empresa já nasce líder em alimentos processados no país, com 120 mil funcionários.

O executivo informou que 68% do capital pertencerá a acionistas da Perdigão e 32% a acionistas da Sadia. "Como a maioria das multinacionais o controle de capital é difuso. Vale dizer que as decisões não serão tomadas por um único acionista, mas por um conjunto de acionistas", afirmou Secches.

Segundo ele, a administração da nova empresa "será regida por um sistema de mérito, por profissionais". A presidência do conselho da nova empresa será dividida entre Secches e Luiz Fernando Furlan.

Secches afirmou que, para abreviar as negociações, as duas partes decidiram deixar de fora as instituições financeiras das duas empresas. "Simplesmente separamos e fizemos a associação da parte operacional", declarou.Eficiência e preços
O objetivo da nova empresa, de acordo com o executivo da Perdigão, será oferecer prestação de serviço "muito mais eficiente". "Queremos oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis em todos os lugares do mundo", disse.

De acordo com Secches, a fusão ajudará a cortar custos e a conquistar uma "quantidade muito maior da população brasileira". "Vamos chegar para o Nordeste, o Centro-Oeste e o Norte com produtos de boa qualidade a preços acessíveis", ressaltou, lembrando que a participação de industrializados de carne no mercado americano é de 40%, enquanto no Brasil é de 15%. "Podemos triplicar." Para Furlan, as sinergias das duas empresas vão permitir o repasse dessas economias aos preços. "Não estamos fazendo uma associação para pôr em risco essa fidelidade que temos com os nossos consumidores. (...) (A fusão) trará melhores benefícios de qualidade e também de preço", ressaltou.

Durante a entrevista, Furlan e Secches exibiram uma camisa do Corinthians com o símbolo da Brasil Foods. A Perdigão patrocina o Corinthians e já estampou na camisa do time a própria marca Perdigão e a marca Batavo, da qual é proprietária.

Taxa de administração alta? A culpa(também) é nossa

CENÁRIOS BANCOS por Alexandre Teixeira

Os bancos faturam com a ignorância financeira do brasileiro, avalia o matemático José Dutra Vieira Sobrinho.
Na “Entrevista da Segunda” desta segunda-feira, na Folha de S.Paulo, o matemático critica a falta de transparência dos bancos sobre os investimentos que oferecem a seus clientes e culpa a própria população pelo alto custo do crédito. “Bancos e governo ganham com o desconhecimento financeiro”, diz, na entrevista, José Dutra Vieira Sobrinho. Em resumo, o professor Dutra foi direto ao ponto: o drama das altas taxas de administração dos fundos, que tanta gente gostaria de ver resolvido por decreto, à moda chavista, é uma questão de mercado imperfeito. Imperfeito porque os bancos não têm interesse em dar muita publicidade às informações que ajudariam os clientes a comparar os custos de seus serviços e optar pelos mais baratos. Imperfeito, também, porque o consumidor tem preguiça de ir atrás desses números (todos disponíveis para quem se dá o trabalho de procurar). E porque o governo não faz lá muita questão de contrariar os bancos e forçar uma maior transparência.
Dutra calcula que fundos com taxa de administração acima de 1,5% já estão perdendo da poupança. Mas nota que muita gente só está se dando conta disso agora.Pois bem, com a queda dos juros, os bancos terão de reduzir as taxas de administração. Com todo esse debate sobre o assunto, não há ignorância que perdure. Gerentes de banco terão de ser melhor preparados para assessorar os clientes na escolha do melhor investimento. Terão interesse em fazer isso quando as pessoas passarem a escolher onde deixam seu dinheiro com base em melhores taxas e melhores serviços.Os bancos são os culpados pela precoce perda de competitividade dos fundos de renda fixa vis a vis as cadernetas de poupança, justamente porque exageram nas taxas de administração das aplicações de valor mais baixo. Mas o investidor omisso é cúmplice.Falta ética aos bancos hoje. É cômodo para eles vender produtos financeiros ruins, valendo-se da ignorância de sua clientela, que não sabe quanto está pagando pelo serviço que recebe. Como diz o professor Dutra, os executivos das instituições financeiras ganham com a ignorância da sociedade.Falta, sim, concorrência no setor bancário. Mas para que a competição aumente, é necessário que haja consumidores bravos, fungando no cangote dos bancos.

Fonte: http://colunas.epocanegocios.globo.com/financasdebolso/

Sadia e Perdigão concluem acordo de fusão

Acordo confirmado pela Perdigão cria gigante do setor de alimentos.
Operação precisa ser aprovada pelo Cade.
Após muita negociação, os obstáculos à assinatura do contrato de compra da Sadia pela Perdigão foram superados e os papéis foram assinados na noite desta segunda-feira (18). A conclusão do acordo foi confirmada pela assessoria de imprensa da Perdigão, mas os detalhes ainda não foram anunciados - o que deve ocorrer ainda na manhã desta terça-feira.
O acordo cria a uma gigante brasileira de alimentação, que deverá se chamar Brasil Foods. Segundo a consultoria Economática, a empresa ocupará o 9º lugar no ranking das maiores empresas de alimentos das Américas.
A conclusão da operação, no entanto, depende de uma série de aprovações - entre elas, a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que poderá inclusive avaliar a necessidade da nova empresa de se desfazer de algumas das marcas, já que haverá uma forte concentração de mercado em alguns setores.
O que teria atrasado a assinatura dos contratos, que estava prevista para quinta-feira foi o destino a ser dado ao Banco Concórdia, que pertence à Sadia. Desde o começo estava definido que o banco ficaria de fora da nova empresa, como um negócio independente, controlado pelas famílias Fontana e Furlan.
No entanto, restavam duas questões pendentes: o que fazer com um contrato de prazo indeterminado que o banco possuía para explorar a cadeia produtiva da Sadia e como fazer a cisão desse ativo da empresa. A separação do banco envolvia a definição de quanto capital ele necessitaria para existir de forma autônoma.
No balanço do primeiro trimestre, a Concórdia Holding Financeira, que controla o banco e a corretora do grupo, tinha patrimônio líquido de R$ 81,5 milhões.
Em conversas nos últimos dias ficou resolvido que o Banco Concórdia não terá um contrato para explorar a cadeia de fornecedores e clientes da Brasil Foods. Com isso, o banco perde sua razão inicial de existir. Caberá às duas famílias definir o seu futuro. Internamente, o banco vem desenvolvendo estudos para encontrar um novo foco de atuação.
A discussão desses pontos fez com que os advogados de ambos os lados fizessem uma pausa ao longo do fim de semana. A equação dessas pendências ficou a cargo dos assessores financeiros e contadores. Os trabalhos foram retomados intensamente na segunda-feira.
As condições inicialmente contratadas para a união, contudo, não tiveram alteração substancial. Portanto, estaria mantida a fatia de 11,5% a qual as famílias controladoras da Sadia teriam direito na Brasil Foods.
Na prática, a base atual de acionistas da empresa comporia 33% dá companhia combinada com a Perdigão. Já a Previ, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, maior acionista da Perdigão e principal minoritária da Sadia, será a principal sócia da Brasil Foods.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1159110-9356,00-SADIA+E+PERDIGAO+CONCLUEM+ACORDO+DE+FUSAO.html

Academica: Karine Conteratto

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Obama reafirma apoio a Estado palestino; Netanyahu se diz disposto a iniciar diálogos

WASHINGTON e JERUSALÉM - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu nesta segunda-feira o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. Na reunião, a primeira desde que ambos chegaram ao poder, o líder americano reafirmou o seu compromisso com a criação de um Estado palestino como solução para o conflito no Oriente Médio e exigiu que Isarel abandone os planos para expansão de assentamentos na Cisjordânia ocupada. Netanyahu, por sua vez, disse estar disposto a iniciar diálogos de paz, "assim que os palestinos reconhecessem Israel como um Estado judeu". Ele também defendeu que os palestinos se "auto governem", mas não mencionou a criação de um Estado independente.
A questão pode significar um obstáculo para as tradicionalmente boas relações entre Israel e Estados Unidos. Nesta segunda-feira, dando prosseguimento a um projeto a que Washington se opõe veementemente, uma autoridade israelense confirmou planos para expandir um assentamento na Cisjordânia ocupada.
- Devemos aproveitar esta oportunidade e este momento para alcançar a paz - disse Obama a jornalistas na coletiva de imprensa realizada após o encontro com o premier israelense.
Segundo assessores, as discussões entre os líderes também giraram em torno do programa nuclear iraniano. Netanyahu enfatizou a necessidade de uma solução urgente para as ambições nucleares do Irã.
- Há um senso de urgência de nossa parte - disse o conselheiro nacional de segurança de Israel, Uzi Arad que classificou o Irã com armas nucleares como uma ameaça à existência de Israel.
Acadêmico: Tiago Fazolo

Oposição quer privatizar Petrobras, diz ministro sobre CPI

Para Paulo Bernardo, oposição quer 'desmoralizar' empresa. Nelson Jobim diz que CPI quer antecipar processo eleitoral de 2010.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (18) que a oposição, com a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na administração contábil da Petrobras, pretende "desmoralizar" a empresa com o intuito de privatizá-la.

"O que o PSDB gostaria mesmo é de privatizar a Petrobras e eles não conseguiram fazer isso no governo Fernando Henrique [1995-2003]", disse. "Provavelmente vão querer desmoralizar a Petrobras para fazer isso no futuro, mas tenho certeza de que não vão conseguir." Bernardo afirmou que o governo vai esclarecer todas as suspeitas levantadas contra a petrolífera estatal. "E vamos continuar fazendo investimentos na área do pré-sal normalmente, mantendo a Petrobras com a grande empresa que é", destacou.

Na justificativa do pedido de CPI, protocolado na última quarta-feira (13), o senador tucano Álvado Dias (PR) manifesta preocupação com as seguidas denúncias contra a Petrobras e a ANP. “É preocupante que a maior empresa estatal brasileira tenha passado a freqüentar as páginas policiais da imprensa."

Segundo Bernardo, o Brasil anda na contramão da tendência mundial. "Enquanto os grandes países desenvolvidos estão fazendo tudo para proteger suas empresas, nós fazemos alguma coisa para derrubar a maior empresa do continente sul-americano", reclamou.

"A oposição, no seu afã de dificultar as coisas para o governo pode prejudicar uma empresa que é uma das maiores do mundo." O ministro do Planejamento ressaltou, no entanto, que a instalação da CPI não conseguirá paralisar as atividades do governo.

"Nós vamos acompanhar essa gritaria que estão fazendo, mas de forma alguma vamos deixar paralisar. Nem as ações de investimento da Petrobras serão paralisadas, nem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nem o programa Minha Casa, Minha Vida. Vamos tocar tudo normalmente", assegurou Bernardo.
Jobim
Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a criação da CPI da Petrobras representa uma antecipação do processo eleitoral de 2010. "Isso tudo aí é briga política, se chama 2010", disse Jobim a jornalistas após participar da abertura de um encontro de fuzileiros navais. A leitura do requerimento na sexta-feira para criação da CPI, primeiro passo no processo de instalação da comissão, foi comandada pelo PSDB, partido que rivaliza com o PT na sucessão presidencial do ano que vem. Mesmo o Democratas, aliado dos tucanos, não têm interesse na CPI. Nelson Jobim, que é do PMDB, acredita que a oposição vai criar novos fatos políticos ao longo deste ano para tentar enfraquecer o governo. "Vai haver a partir dessa antecipação do processo eleitoral uma enormidade de retaliações, que são naturais, considerando a eleição de 2010. Não existem regras para isso. As coisas acontecem", disse.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Politica

Acadêmico: Tiago Fazolo

Sadia + Perdigão = Brasil Foods

Depois de meses de suspenses e reviravoltas, os principais acionistas da Sadia e Perdigão resolveram neste domingo (17) as últimas pendências técnicas para a união das duas companhias.Executivos de bancos e advogados que representam os acionistas passaram o fim de semana discutindo como resolver as questões que faltavam para a assinatura do contrato.

Segundo uma fonte ligada com as negociações , "há 99% de chances"de a fusão ser anunciada hoje.O banco e a corretora ficarão de fora da nova empresa por exigência das duas partes. O acordo não poderia acontecer com a área financeira, segundo uma fonte que participou de muitos encontros para fechar o acordo, que chegaram a reunir até 20 pessoas na sala.

Brasil Foods (BRF) será o nome da nova companhia que surgirá da união entre Sadia e Perdigão.
O nome da futura maior empresa de alimentos industrializados do Brasil será em inglês, mas Brasil será grafado com s, como na língua portuguesa, não com o z do inglês.

A nova companhia será a maior exportadora de produtos de carne processada do mundo. Será também a terceira maior exportadora brasileira, atrás de Petrobras e Vale do Rio Doce, mas "a única que levará a marca brasileira para a mesa de consumidores no mundo todo", afirma. Sadia e Perdigão hoje competem entre si em mais de cem países.

Na nova empresa, aproximadamente 45% de vendas serão destinadas ao mercado externo, e 55%, ao mercado interno.

Quando o negócio for assinado, as companhias passarão por um período de transição, em que terão que aguardar até que a BRF seja aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Fonte: www.bonde.com.br/bond
www1.folha.uol.com.br

Acadêmica: Kaline Aires

Lula faz esforço para elevar investimento da China no Brasil

Em cinco anos, os investimentos chineses somaram US$ 129 bilhões no exterior, mais em aquisição e compra de participações do que em projetos novos



PEQUIM - A China já investiu US$ 18 bilhões no exterior este ano, em plena crise financeira global, conforme levantamento do provedor de dados Dealogic, de Londres, mas nem um centavo tomou o rumo do Brasil. Do montante, US$ 3,4 bilhões foram destinados à América Latina para compra de participação da mina chilena Escondida, a maior produtora de cobre do mundo.
Em cinco anos, os investimentos chineses somaram US$ 129 bilhões no exterior, mais em aquisição e compra de participações do que em projetos novos. Com relação ao Brasil, enquanto o comércio bilateral cresce em ritmo veloz, as inversões chinesas representam um mísero 0,3% do estoque aplicado pelas companhias estrangeiras na economia brasileira como investimentos estrangeiros diretos.

As autoridades chinesas não cessaram de acenar com participações, especialmente na área de commodities, mas dois grandes projetos da Baosteel no Espírito Santo, no montante de US$ 6 bilhões, e da Chalco, com US$ 2 bilhões no Pará, foram cancelados.

É nesse cenário que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje (18/05) em Pequim para uma rápida visita, na qual a "dinamização" dos investimentos está no centro da agenda com o líder chinês Hu Jintao. No papel, a ideia é ambiciosa. Os dois presidentes vão anunciar um plano de ação para 2010-2014 para multiplicar comércio, investimentos e cooperação em outras oito áreas. "Desta vez esperamos que os investimentos fluam para o Brasil", afirmou ontem o embaixador brasileiro em Pequim, Clodoaldo Hugueney. Ele disse que vem sendo procurado com frequência por companhias chinesas interessadas em investir no país. Exemplificou com o caso da San-y, construtor de equipamentos pesados, como guindastes, que quer abrir fábrica em São Paulo, mas sem mencionar local ou valor dos investimentos. Boa parte das autoridades brasileiras diz a mesma coisa. O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, contou recentemente que tem recebido um número importante de empresários chineses dispostos a investir em etanol, agricultura, mineração, etc. Se algum negócio vai ser fechado, é outra coisa.

Marcos Caramuru, o cônsul brasileiro em Xangai, diz que "todo dia" vê empresa chinesa querendo ir para o Brasil. No meio da crise e sentado em reservas de US$ 2 trilhões, o governo chinês quer internacionalizar as empresas diversificar mercados. Para os dois diplomatas, os investimentos chineses no Brasil já são bem mais importantes do que as cifras indicam. Isso por duas razões: primeiro, o BC não tem registro de investimento estrangeiro, e sim apenas de transferência de recursos. E boa parte do investimento seria feita via paraísos fiscais, que apareceriam como a origem dos recursos. No entanto, um estudo do Ministério do Desenvolvimento fez um levantamento apenas com base em anúncios feitos por companhias. E o montante a que chegou não passou de US$ 400 milhões, desde 2004.

Globalmente, o grosso dos investimentos chineses tem sido na área de commodities. Este ano, o maior negócio foi na Austrália, de quase US$ 10 bilhões. Mas onde Pequim joga pesado é na África. "O Brasil perde investimentos chineses para a África", diz um empresário. "Eles não querem respeitar o ambiente, querem levar chineses para trabalhar em seus projetos, não respeitam leis trabalhistas e tudo isso complica seus planos no Brasil. Na África, não."

Em 2007, a China financiou 300 projetos na África, sendo visto como franco atirador. Somente no Congo, são US$ 9 bilhões de investimentos que lhe dão garantia de acesso a reservas de cobre e cobalto, entre as maiores do mundo. Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) condicionou empréstimo ao país à revisão de acordo com os chineses.

Academica: Franciele Sachet
Fonte: Época NEGÓCIOS / 18-05

domingo, 17 de maio de 2009

CASO DE SUCESSO:HABIB'S

O crescimento da rede Habib's se confunde com a história do seu fundador, Antônio Alberto Saraiva, médico por formação, mas empreendedor por vocação, acreditou em uma idéia e construiu um império a partir de poucos recursos. O negócio parecia impossível: fast-food brasileiro, servindo comida árabe e controlado por um português sem qualquer vínculo com o mundo oriental.Apesar dos descendentes de árabes só comporem 7% da população do Brasil, o restaurante experimenta o reconhecido sucesso junto aos consumidores. O grande segredo da rede foi saber adaptar a culinária árabe ao paladar do brasileiro. A partir de uma lanchonete, em 20 anos, ele firmou seu empreendimento como a segunda rede de fast-food no país.

Quando criança Alberto Saraiva dividia com os pais, portugueses como ele, o sonho de ser médico. Esse fato fez com que no começo da década de 70 a família Saraiva se mudasse para São Paulo capital, a fim de dar a oportunidade ao filho de ingressar no curso de Medicina. Como meio de sustento da família, iniciaram a operação com uma padaria no bairro comercial do Brás, Zona Leste da cidade. Mas logo no primeiro ano de curso, a violência da cidade grande mudou o destino de Alberto: em um assalto ao estabelecimento comercial, seu pai foi morto. Sendo o filho mais velho, se viu obrigado a abandonar a faculdade para se dedicar ao negócio da família. Mal sabia ele que, ironicamente, ali começava sua história de sucesso.
Inexperiente, passou por muitas dificuldades gerindo a padaria e percebeu que era preciso conhecer o trabalho realizado na empresa para não depender de seus funcionários. O negócio prosperou e, em 1976, obteve seu primeiro lucro comercial com a venda da padaria, o qual investiu em uma lanchonete.
Administrando a lanchonete, conheceu um dos melhores cozinheiros árabes de São Paulo, Paulo Abud. Muito cedo, conversando, os dois perceberam que os restaurantes especializados nesse tipo de comida eram raros e com preços altos. Paulo Abud foi o responsável pelo conhecimento de comida árabe de que Alberto precisava para consolidar seu restaurante. Em 1988 o Habib’s inaugurou sua primeira loja na Rua Cerro Corá em São Paulo. De modo a garantir a variedade do cardápio e de não apostar somente em produtos específicos, aproveitou a sua experiência profissional e incluiu outros produtos mais comuns ao público brasileiro: pizza, pastel e chope. Além disso, ajustou as receitas árabes ao gosto nacional. Assim, o pão sírio ganhou uma versão mais macia e dourada, charutos e abobrinhas recheadas receberam um molho de tomate especial, a esfiha uma massa mais leve, a carne bovina foi instituída em substituição a carne de carneiro e temperos como alho, hortelã e gergelim foram usados com moderação.
Prato árabe acompanhado com sobremesa portuguesa.
Saraiva percebeu uma oportunidade observando o público de baixo poder aquisitivo e esse foi o seu diferencial. Ele democratizou o consumo de seus produtos com preços que são acessíveis ao orçamento dos brasileiros, fazendo com que as pessoas pudessem freqüentar um restaurante, comer bem e gastar pouco. A partir do sucesso do empreendimento, alguns sócios se uniram com a meta de abrir novas lojas. Em 1992, foi adotado o sistema de franchising, inaugurando a primeira loja franqueada da rede em Santo André, São Paulo. Ao completar 10 anos de atuação no mercado, o Habib’s já ultrapassava a marca de 100 lojas. A expansão e solidez da cadeia se assentaram no tripé: preços baixos, variedade e alta performance em qualidade.
Em 1999 deu início à campanha “Nosso preço começa com zero”, destacando três produtos que custam menos de R$ 1,00 (pastel, kibe e esfiha). O primeiro mês de campanha conseguiu elevar a venda do pastel em 220% e da esfiha e do kibe em 30%.
Visando a padronização e o sucesso das franquias, foi criado um manual de fast-food do Brasil: o manual de operações da rede Habib’s. Além disso, foi esenvolvida a idéia de criar a UTIH – Unidade de Terapia Intensiva do Habib’s para diagnosticar e solucionar os problemas das lojas. Não contrair financiamentos foi outra chave do sucesso. Desta forma, uma das políticas da rede Habib’s é: o investimento para se abrir uma franquia deve provir do patrimônio do investidor. Por essa razão, permite-se que haja diversos sócios, mas jamais empréstimos e financiamentos. Folha de pagamento enxuta é outro ponto a se destacar quando se trata de despesas.
Seguindo a filosofia: “Não basta atender o cliente com eficiência e sim surpreendê-lo sempre”, a empresa adotou uma série de iniciativas que só contribuíram para o desenvolvimento da marca. A certeza da própria qualidade levou a rede a lançar o ‘Habib’s 28 minutos’. O programa revolucionou os sistemas de entrega de fast-food: se no espaço de 28 minutos, contados a partir do momento em que o pedido é anotado, o cliente não receber a encomenda, não precisa pagar. Além desse diferencial, mantém no ar seu serviço de relacionamento com o cliente, batizado de “Alô Tia Eda”.
Seu poder de fogo ainda é pequeno se comparado ao da sua principal concorrente: Mc Donald’s. Mas isso não impede o comandante do Habib’s de cutucar o gigante do fast-food. Para competir com a rede americana, Alberto Saraiva teve que ser visionário e inovador em um país como o Brasil, marcado pelas crises econômicas, onde mais de 70% das empresas fecham as portas nos dois primeiros anos de vida. Alberto acredita que o segredo do seu sucesso foi persistir, não aumentar o preço por longos períodos e manter a mesma qualidade do seu produto.
O Habib’s atrai multidões de consumidores e lucra na quantidade de produtos vendidos, mesmo com uma baixa margem de lucro. Tudo isso só foi possível graças à personalidade de seu fundador: visionário, determinado e sonhador. Hoje, Alberto Saraiva, é dono de doze empresas que fornecem a matéria-prima e serviços para uma série de processos e serviços da rede. A empresa, como o próprio empresário faz questão de ressaltar, é a maior marca de fast food de comida árabe do mundo. São 300 unidades espalhadas pelo país e um faturamento de R$ 900 milhões anuais.
Fonte: Caso de Sucesso postado em 19/11/08 00:00 Texto disponível na internet via WWW. URL:http://www.casodesucesso.com/?conteudoId=29
Acadêmica: Bruna Pellegrini

sábado, 16 de maio de 2009

Sadia e Perdigão fazem conferências, mas não falam sobre possível fusão

Executivos apresentaram resultados das empresas no 1º trimestre.
Mercado dá como certa fusão entre as duas empresas.

Em meio às expectativas do mercado sobre o possível anúncio da fusão entre as duas companhias, Sadia e Perdigão realizaram, nesta sexta-feira (15), conferências com analistas de mercado, mas não mencionaram o assunto.

Na conferência da Sadia, inclusive, o diretor de Relações com Investidores, Welson Teixeira Junior, afirmou logo no início da conferência em inglês para investidores que o assunto não seria abordado; em uma nova conferência à tarde, desta vez em português, tampouco se falou sobre o tema. Diretor presidente da Perdigão, José Antonio Fay também disse que o assunto não seria abordado.

Nos eventos, executivos das duas empresas apresentaram os resultados do primeiro trimestre deste ano, anunciados na véspera.

A Sadia teve prejuízo de R$ 239,196 milhões, revertendo o lucro de R$ 248,266 milhões registrado no mesmo período de 2008. Já a Perdigão terminou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 226 milhões, uma piora frente ao resultado positivo em R$ 51 milhões entre janeiro e março de 2008.

Sobre o assunto, o executivo da Sadia apontou que já há sintomas de recuperação da demanda, e que espera a recuperaçõ do mercado e sua "volta a um caminho positivo". Fay, da Perdigão, ressaltou que “apesar de tudo” a empresa teve alta da receita e cresceu no mercado interno e externo, com um bom desempenho da área de lácteos. E disse esperar que, em três meses, tenha “notícias melhores”.

O mercado dá como certa a fusão entre as duas empresas, que criaria um gigante no setor de alimentos brasileiro. No final do mês passado, a Perdigão anunciou que havia reiniciado as discussões com a Sadia “com o objetivo de verificar a viabilidade de uma associação entre ambas as companhias".


Após o prejuízo de R$ 2,48 bilhões sofrido pela Sadia no ano passado, por conta de uma operação malsucedida no mercado de câmbio, a expectativa é de que a Perdigão fique com uma participação de 70% no capital da futura nova empresa, com o restante nas mãos da Sadia.

Fonte:G1
Acadêmico: Ronei Cazzarotto

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vão faltar talentos

É isto mesmo. Por mais estranho que pareça, o futuro do mercado de trabalho no Brasil é promissor e não terá gente preparada o suficiente para as oportunidades que surgirão. O futuro será constituído de pouco emprego, mas de muito trabalho.
Aliás, se fizermos uma análise hoje, já iremos encontrar sinais claros dessa situação futura. Qualquer agência de empregos no País tem hoje listas de ofertas de trabalho. Mesmo com uma tonelada de currículos e uma fila enorme de pessoas procurando emprego, não é possível preencher as vagas.
Para entender este fenômeno, precisamos de uma análise mais detalhada. Primeiro é preciso separar mercado de trabalho daquilo que todos conhecem como mercado de emprego.

MERCADO DE TRABALHO x MERCADO DE EMPREGO

No mercado de trabalho, iremos encontrar todo o esforço humano, seja físico ou mental. Visando produzir algum bem remunerado ou não, sob as mais variadas formas de vínculo, em que o emprego é apenas uma das fórmulas entre tantas outras, tais como autônomos, profissionais liberais, microempresários etc. Nele encontramos desde o trabalho do jardineiro até o do especialista em física quântica, que presta serviços de consultoria a várias empresas sem ser empregado de nenhuma delas.
O emprego é uma invenção da era industrial cuja essência exigia força humana em massa e trabalho repetitivo que, com o avanço da tecnologia, foi substituído pela máquina. A tecnologia destrói empregos burros e cria trabalhos inteligentes. Tem sido assim no mundo inteiro.
No mercado de emprego encontramos uma situação caótica, onde há uma relação de subordinação e dependência que inibe a criatividade e a ação empreendedora. Trata-se da famosa relação empregado x patrão, na qual cada um tem estabelecidos seus limites através de uma regulamentação.
No Brasil, a relação de emprego, aos olhos dos trabalhadores, parece ser a única relação de trabalho. O modelo brasileiro vem da década de 40, possui uma regulamentação exagerada com raízes no modelo fascista da era Mussolini, dotado de fortes princípios paternalistas extremamente onerosos para as empresas.
O excesso de regulamentação, aliado ao avanço da tecnologia e o surgimento da demanda de trabalho intelectual cada vez maior, na produção de bens e serviços com flexibilidade na relação de subordinação e dependência, tornará cada vez mais o emprego em baixa e o trabalho em alta.
Vê-se portanto, numa primeira análise, que o mercado de trabalho é infinitamente maior que o de emprego.

O EXEMPLO AMERICANO

Em uma segunda análise, vamos observar o que ocorre hoje com o mercado de trabalho americano porque o Brasil será, provavelmente, o reflexo dele. O espírito empreendedor, aliado ao modelo flexível de relações trabalhistas e o investimento em educação, fizeram surgir naquele país tantas oportunidades de trabalho que hoje ele precisa importar talentos dos quatro cantos do mundo. O mérito americano é que eles perceberam primeiro que todos os demais países que a demanda por talentos na era do capital intelectual exigiria relações abertas e que a revolução da tecnologia da informação geraria uma infindável quantidade de prestadores de serviço que seriam capazes de oferecer ocupação a toda nação. Hoje, os americanos prestam serviços ao mundo mesmo possuindo poucas indústrias. Possuem tanta oportunidade de trabalho que precisam recorrer a importação de profissionais.

A CARÊNCIA DO BRASIL POR TALENTOS PREPARADOS

Analisando agora o caso do Brasil, os sinais estão sendo verificados em todos os setores. Qual é a empresa atualmente que não precisa de alguém com idéias novas para solucionar seus problemas? Quanto uma empresa está disposta a pagar a um talento que apresente um projeto de um novo produto ou serviço que seja viável à sua linha de negócios? Que empresa não gostaria de ter alguém que possa lhe facilitar a atração de novos clientes? Qual delas não daria trabalho a quem é especialista em analisar e descobrir novos mercados; enfim, quem não precisa hoje de gente que possa fazer diferença?
Se pegarmos o setor de telecomunicações, por exemplo, há hoje uma guerra declarada pela atração e retenção de talentos. A privatização do setor escancarou as mazelas e as carências acumuladas em décadas de atraso e falta de investimentos em gente. O resultado é que os poucos talentos existentes com conhecimentos e habilidades neste setor estão sendo disputados a peso de ouro. Essa situação irá se agravar com a entrada das empresas-espelho e as chamadas bandas C e D. Será um "Deus nos acuda" para encontrar talentos no Brasil. A revolução do mercado de trabalho no Brasil está apenas começando. Imagine a chegada de novas empresas em todos os setores da economia.

AS TRÊS CATEGORIAS DE TRABALHADORES

Ao longo dos próximos dez anos, o Brasil mudará o perfil de seu mercado de trabalho, mesmo possuindo hoje três categorias diferentes de trabalhadores.
Há uma classe que nem por milagre se enquadrará nessas novas oportunidades. São aqueles que possuem pouca formação intelectual, acostumados, ao longo dos anos, com a cultura de emprego e que não querem voltar a estudar. É a geração "carteira assinada". Estes continuarão sofrendo e engrossando a fila de desempregados até descobrirem que podem sobreviver prestando serviços autônomos de baixa relevância.
A outra categoria é formada, em sua maioria, por jovens que têm uma boa formação intelectual, estão ligados nas tendências, têm boa vontade de fazer mas precisam de ajuda para entender melhor como fazer. São profissionais que, uma vez treinados e desafiados, responderão à altura. São pessoas com potencial de aprendizagem e conscientes de que precisam evoluir. Esta categoria será, em médio prazo, "a bola da vez".
A terceira categoria é constituída por talentos já prontos. Infelizmente é uma minoria, daí a disputa das empresas em comprarem seus passes. Esses profissionais estão na mira dos headhunters e são alvos de propostas consideradas até mesmo escandalosas, envolvendo pagamento de luvas e tudo mais.
São pessoas com visão estratégica, com mentalidade evoluída, que buscam por conta própria a sua formação, entendem o significado do cliente, provocam mudanças, quebram paradigmas, usam a criatividade para "inventar" novos produtos e serviços. São aqueles que hoje fazem acontecer. O incrível é que vamos encontrar pessoas assim em todos os setores e com as mais variadas formações. O que significa que essa categoria não é privilégio de "doutores". A base é a abertura de cabeça.
Em outras palavras, temos então uma categoria de baixo potencial, que ainda não entendeu nada e bate de porta em porta procurando emprego. Outra com grande potencial que está se esforçando para entender e uma terceira que já entendeu tudo sobre esta nova era e está sendo o motor da mudança.

AS OPORTUNIDADES QUE VIRÃO

Quando digo que a guerra por talentos está apenas começando no Brasil, além dos fatores acima descritos, temos que considerar também o que está por vir em termos de abertura de novas oportunidades.
A demanda começou há um ano atrás pelo setor de telecomunicações. Neste momento, vivemos o boom da Internet, onde o e-commerce está criando milhares de vagas. Estão para surgir outras revoluções como, por exemplo, a área de alimentos, com a modernização da cadeia do agribusiness; o crescimento vertiginoso do setor automobilístico, cuja cadeia atinge desde o fabricante de autopeças até o lavador de carros, e a área de produção de software que cada vez mais atuará visando facilitar as operações de negócios.
O setor de Turismo, Lazer e Entretenimento projeta grandes investimentos com a entrada de megainvestidores, considerando que o Brasil é um dos grandes potenciais do mundo neste setor, e hoje ainda recebe menos que 5% dos turistas que a França recebe todo ano.
Imagine quantas oportunidades surgirão dessa transformação. Quanta gente preparada para fazer face à necessidade de lançar novos produtos e serviços essas empresas irão necessitar?

O DESAFIO DE TER TALENTOS PREPARADOS

Como vimos, não há estoque de talentos prontos. As empresas e as oportunidades que estão chegando precisam de gente para entrar em campo já jogando. Não tem tempo para treinar, entretanto, a disputa pelo escasso contingente de talentos preparados tem um limite. O desafio então é começar imediatamente a preparação dos talentos potenciais.
O desafio de preparar a classe trabalhadora para essa nova realidade é complexo. Depende, em parte, do governo, dos empresários, das instituições de ensino, mas, acima de tudo, depende dos próprios trabalhadores.
O governo precisa fazer a reforma da legislação trabalhista e sindical. Também necessita estruturar melhor a justiça do trabalho, rever o papel do Ministério do Trabalho, que atualmente coloca no mesmo nível os bons e os maus empregadores. Hoje, estes fatores atuam mais como desmotivadores do que como influenciadores da geração de empregos e trabalhos.
Os empresários precisam investir mais forte em treinamento e desenvolvimento dos seus talentos. Cada empresa deve representar também o papel de escola, criar um ambiente de trabalho em que o erro seja considerado uma oportunidade de aprender e as pessoas incentivadas a criar e desenvolver idéias.
As instituições de ensino têm que atualizar o currículo escolar e se aproximar mais das empresas e da realidade do mundo do trabalho e dos negócios.
Aos trabalhadores cabe uma parte também muito difícil: a de se motivar a estudar, buscar o aprendizado, esforçar-se para entender o mundo que está em volta de si, aprender a pensar e exercitar a criatividade, despertar a curiosidade e ter iniciativa de experimentar, de ser ousado e perder o medo de ser punido por tentar acertar e, o principal, preparar-se para ser um prestador de serviços independentemente do vínculo. Um prestador de serviços que entenda o significado do cliente como o seu grande patrão.
Mesmo com tudo isto acontecendo, ainda assim vão faltar talentos o suficiente para o País empreendedor que começa a impor presença no mercado mundial.




Acadêmica: Fernanda Scussiato Lago
Cícero Domingos Penha é vice-presidente de Talentos Humanos da Algar Telecom S/A.

As mulheres que perseguem mulheres no escritório

Pesquisa de instituto americano mostra que 40% dos profissionais agressivos são mulheres e que, em 70% dos casos, elas preferem atacar outras mulheres

Os homens começaram perdendo a batalha dos estudos (as brasileiras têm em média três anos a mais de escolaridade que os brasileiros), depois a do trabalho (as mulheres avançam lenta, mas inexoravelmente nas empresas). E agora, pasme: estão perdendo até o monopólio da agressividade.

Uma pesquisa de um instituto americano, divulgada pelo New York Times, revestiu com números uma percepção meio disseminada, mas pouco levada a sério: mulheres não se dão bem com chefes mulheres. O instituto é o Workplace Bullying Institute, cujo objetivo é estudar o assédio moral nos ambientes de trabalho. Uma das conclusões da pesquisa, encomendada em 2007, é que 40% dos profissionais agressivos são mulheres. Com uma peculiaridade: enquanto os homens perseguem indiscriminadamente funcionários de ambos os sexos, as mulheres preferem atacar outras mulheres (em 70% dos casos).

Academica: Franciele Sachet
Fonte: Revista Época/ 13-05

Mundo terá de se vacinar contra as duas gripes, diz Organização Mundial da Saúde

O mundo provavelmente precisará fabricar continuamente vacinas tanto contra a influenza comum quanto contra a nova gripe H1N1, disse a chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (15).

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que será importante para a indústria farmacêutica manter a produção das doses da vacina contra a gripe sazonal comum porque a doença causa sintomas graves em 2 a 3 milhões de pessoas por ano, matando até 500 mil."Nós estamos nos movendo nessas duas direções para assegurar alguma segurança para a vacina sazonal e ao mesmo tempo dar o pontapé inicial nos primeiros trabalhos científicos para a vacina pandêmica", disse Chan, afirmando que uma versão enfraquecida do vírus H1N1 para ser usada em vacinas deve estar pronta até o final do ano.

A OMS deve fazer uma recomendação "em breve" sobre a melhor proporção para a produção dessas duas vacinas, disse Chan. Produtores de vacina incluem a GlaxoSmithKline, Sanovi-Aventis, Novartis e Baxter International.

Acadêmica: Fabiane Giaretton

Brasileiro compra mais genérico, mas não encontra fracionado

Uma medida poderia ajudar o brasileiro a poupar na hora da compra - a exemplo do que já acontece com o genérico. Mas, a venda do medicamento fracionado não pegou.

É tão difícil encontrar remédio fracionado porque ainda não é lei. As farmácias podem, mas não são obrigadas a vender o medicamento fracionado. A maioria delas simplesmente não oferece essa possibilidade aos consumidores. Os fracionados, segundo o governo, são tão seguros quanto os embalados em quantidades maiores.

É tanto remédio que a cestinha vai ficando pesada. “A gente vem comprar uma coisa e acaba comprando outras que estão faltando em casa”, comenta a funcionária pública Silvana Ribeiro. A conta então... “Fica imensa. Volta e meia a gente está na farmácia. Precisa, infelizmente”, diz a aposentada Mari Dala Costa.

Se o médico mandou, a despesa é inevitável. Mas a crise financeira mexeu com o hábito de consumidores e com o mercado de remédios. Só nos três primeiros meses desse ano, as vendas de genéricos, mais baratos, cresceram quase 20% em relação ao mesmo período do ano passado. “Faz diferença no final do mês. Quando a gente vai ver, economizou bem mais se optou pelo genérico”, calcula a promotora de vendas Gabriela Rodrigues.

De acordo com a Associação das Indústrias de Medicamentos Genéricos, o setor movimentou quase R$ 940 milhões de janeiro a março. “O medicamento genérico, autorizado, credenciado pelo governo é altamente confiável. Pode comprar sem susto, sem problema nenhum”, garante o clínico geral Acyr Magalhães.

O consumidor tem a opção de comprar mais barato, mas ainda é complicado fazer outra economia: evitar o desperdício. Levar para casa apenas a quantidade necessária de comprimidos, somente o que foi prescrito na receita médica.

Farmácias podem vender remédios fracionados se quiserem. Mas é difícil encontrar. A estudante Amanda Alves procurou e nada: “Nas farmácias não vende, só vende uma quantia estabelecida”.

No Congresso, existe um projeto de lei que obriga a venda fracionada. Mas quem disse que sai do papel? A proposta está há dois anos na lista de espera de votações.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), logo que o projeto virar lei, os comprimidos serão separados por unidade. Cada quadradinho deve ter uma identificação, um código de segurança para facilitar o rastreamento do remédio. “A apresentação do fracionado é um benefício para promoção do uso racional, e mais, para evitar sobras de medicamentos na casa do paciente e eventualmente a automedicação dele ou das pessoas que são do seu convívio”, diz o diretor-presidente da Anvisa Dirceu Raposo. Pode evitar ainda a intoxicação por medicamentos.

Acadêmica: Fabiane Giaretton

O que muda na prova do novo Enem?

O exame passa a ser obrigatório, a partir do ano que vem, em todas as escolas públicas. Agora, vai testar se o aluno entendeu o que estudou ou apenas decorou.


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ser uma prova mais longa e com questões do dia a dia. A prova quer testar o que o aluno entendeu e não o que ele decorou. Pelo menos, quer tentar acabar com aquela decoreba toda. E o Ministério da Educação espera ainda que, em três anos, o Enem passe a ser o novo vestibular para as universidades públicas.

Chega de decorar fórmulas e datas. A proposta do Novo Exame Nacional do Ensino Médio, que será obrigatório para os alunos da rede pública a partir do ano que vem, é valorizar a compreensão.“É uma prova que favorece a capacidade de raciocínio do aluno, justamente para evitar aqueles constrangimentos comuns em vestibulares de a pessoa esquecer uma fórmula ou coisa parecida, e ser prejudicada por isso. A ideia é facilitar a vida do estudante e não complicar”, defende o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Pelo menos, 48 das 55 universidades federais do país já decidiram adotar a nota do Enem como forma de selecionar os alunos. Para a educadora Monia Lemos, que também diretora de escola, a prova vai ficar mais difícil.“O aluno vai ter que estudar um pouco mais e vai ter que se aprofundar mais. Uma vez que as universidades federais vão aceitar o Enem como prova, então, com certeza, eles vão aprofundar mais os conhecimentos”, afirma Monia.

A prova do novo Enem vai ser aplicada em outubro em 1,6 mil municípios do país. E a partir de agora, será mais longa. Em vez de 63, terá 200 questões de múltipla escolha e uma redação.Os estudantes ainda têm dúvidas. “O que vai cair na prova? Vai ter mais exatas ou mais humanas?”, questiona um aluno.

A prova vai ser dividida em quatro áreas. Em matemática, serão exigidos conhecimentos numéricos, geométricos e estatística. Em ciências humanas, o estudante terá que saber história, questões ambientais e leitura de mapas. Em ciências da natureza, conhecimentos de física, química e biologia. E em linguagem, por enquanto, só português. Mas, a partir do ano que vem, entra também inglês.

Em cada uma das áreas, as questões mais difíceis terão notas maiores. As universidades que usarem o Enem como forma de acesso poderão dar peso maior para cada uma das áreas. Por exemplo, o candidato a uma vaga em um curso de engenharia teria que ter melhor desempenho em matemática.“Todos os que estiverem concluindo o Ensino Médio ou que já tiverem concluído o Ensino Médio estão aptos a fazer a prova”, aponta o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Para que o aluno possa entender as mudanças e se preparar, o Ministério da Educação promete divulgar nos próximos dias um modelo, um exemplo, da prova do novo Enem.

Acadêmico: Romano Garzino

terça-feira, 12 de maio de 2009

Exportações da China caem pelo sexto mês consecutivo

As exportações da China caíram 22,6% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, para US$ 91,94 bilhões. Foi a sexta queda mensal consecutiva das exportações. Já as importações em abril caíram 23% em relação a um ano antes, para US$ 78,8 bilhões.
Em março passado, as exportações da terceira potência econômica do planeta caíram 17,1% em ritmo anual, mas as importações também recuaram, 25,1%, permitindo à China um saldo de US$ 18,560 bilhões.
O superávit comercial da China totalizou US$ 13,14 bilhões em abril, de acordo com os dados da Administração Geral da Alfândega. O dado ficou abaixo do superávit de março, de US$ 18,56 bilhões. A média das estimativas colocava o superávit de abril em US$ 17,4 bilhões.

Com informações da Reuters e da France Presse

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1122524-9356,00-EXPORTACOES+DA+CHINA+CAEM+PELO+SEXTO+MES+CONSECUTIVO.html

Acadêmica: Karine Conteratto

Emprego industrial tem pior resultado desde 2001, diz IBGE

Em março, emprego no setor caiu 5% frente ao mesmo mês de 2008.
Na comparação com o mês anterior, queda foi de 0,6%.

Do G1, em São Paulo

O emprego na indústria brasileira segue apresentando dados negativos: em março, houve redução de 0,6%, no sexto mês consecutivo de queda. Na comparação com março do ano passado, a queda foi de 5,0% no pessoal ocupado – o pior resultado desde 2001, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu início à pesquisa.
Desde outubro, o emprego industrial brasileiro acumula perda de 5,8%. No acumulado no primeiro trimestre do ano, a retração chegou a 4,0% na comparação com o mesmo período de 2008. Em 12 meses, o emprego ainda acumula alta, de 0,3%.
Na comparação entre meses de março, o setor de vestuário foi destaque de queda de emprego, de 8,6%. Em máquinas e equipamentos, a queda foi de 8,2%. Também pesaram negativamente as quedas em calçados e artigos de couro (-10,3%) e meios de transporte (-7,0%).
Também frente a março de 2008, a maior pressão negativa veio de São Paulo, onde o nível de emprego teve queda de 4,0%, seguindo por região Norte e Centro-Oeste (-8,6%) e Minas Gerais (-6,2%).

Horas pagas e folha de pagamento

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em março, apresentou queda de 0,9% em relação a fevereiro. Foi o sexto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período uma perda de 6,6%.
Entre meses de março, a queda foi de 5,6%, na quinta taxa negativa consecutiva. Só neste ano, a queda acumulada ficou em 5,0%.
A folha de pagamento da indústria também recuou em março: a queda foi de 2,5% na comparação com fevereiro. Na comparação contra igual mês do ano anterior, o valor total da folha de pagamento reduziu-se em 2,2%.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios
Acadêmica: Juliana Possebon