sexta-feira, 15 de maio de 2009

O que muda na prova do novo Enem?

O exame passa a ser obrigatório, a partir do ano que vem, em todas as escolas públicas. Agora, vai testar se o aluno entendeu o que estudou ou apenas decorou.


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ser uma prova mais longa e com questões do dia a dia. A prova quer testar o que o aluno entendeu e não o que ele decorou. Pelo menos, quer tentar acabar com aquela decoreba toda. E o Ministério da Educação espera ainda que, em três anos, o Enem passe a ser o novo vestibular para as universidades públicas.

Chega de decorar fórmulas e datas. A proposta do Novo Exame Nacional do Ensino Médio, que será obrigatório para os alunos da rede pública a partir do ano que vem, é valorizar a compreensão.“É uma prova que favorece a capacidade de raciocínio do aluno, justamente para evitar aqueles constrangimentos comuns em vestibulares de a pessoa esquecer uma fórmula ou coisa parecida, e ser prejudicada por isso. A ideia é facilitar a vida do estudante e não complicar”, defende o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Pelo menos, 48 das 55 universidades federais do país já decidiram adotar a nota do Enem como forma de selecionar os alunos. Para a educadora Monia Lemos, que também diretora de escola, a prova vai ficar mais difícil.“O aluno vai ter que estudar um pouco mais e vai ter que se aprofundar mais. Uma vez que as universidades federais vão aceitar o Enem como prova, então, com certeza, eles vão aprofundar mais os conhecimentos”, afirma Monia.

A prova do novo Enem vai ser aplicada em outubro em 1,6 mil municípios do país. E a partir de agora, será mais longa. Em vez de 63, terá 200 questões de múltipla escolha e uma redação.Os estudantes ainda têm dúvidas. “O que vai cair na prova? Vai ter mais exatas ou mais humanas?”, questiona um aluno.

A prova vai ser dividida em quatro áreas. Em matemática, serão exigidos conhecimentos numéricos, geométricos e estatística. Em ciências humanas, o estudante terá que saber história, questões ambientais e leitura de mapas. Em ciências da natureza, conhecimentos de física, química e biologia. E em linguagem, por enquanto, só português. Mas, a partir do ano que vem, entra também inglês.

Em cada uma das áreas, as questões mais difíceis terão notas maiores. As universidades que usarem o Enem como forma de acesso poderão dar peso maior para cada uma das áreas. Por exemplo, o candidato a uma vaga em um curso de engenharia teria que ter melhor desempenho em matemática.“Todos os que estiverem concluindo o Ensino Médio ou que já tiverem concluído o Ensino Médio estão aptos a fazer a prova”, aponta o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Para que o aluno possa entender as mudanças e se preparar, o Ministério da Educação promete divulgar nos próximos dias um modelo, um exemplo, da prova do novo Enem.

Acadêmico: Romano Garzino

Nenhum comentário:

Postar um comentário