quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mantega diz que o governo é contra correção de planos econômicos

O governo federal fechou posição contra os poupadores que reivindicam as perdas provocadas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que essas ações na Justiça não possuem fundamento e defendeu os bancos públicos e privados, que têm sido obrigados a pagar parte dessas perdas."As ações que reivindicam a correção de planos econômicos não têm razão de ser. Os bancos não se apropriaram de nada", afirmou.O ministro afirmou que, naquele momento, não era possível dar aos poupadores a correção plena da inflação, pois os planos tinham como objetivo conter o ciclo inflacionário.Súmula do Supremo"O Executivo vai se empenhar para que isso acabe. Bastaria uma súmula do Supremo para acabar com essa história, que pode causar prejuízos também para setor público."O Banco Central já havia pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para participar do processo que discute a legalidade dos planos econômicos Cruzado (86), Bresser (88), Verão (89), e Collor 1 e 2 (90 e 91). O BC também é contra essas ações.Há mais de 500 mil processos individuais e coletivos nos quais os poupadores pedem a correção de cadernetas de poupança além dos valores fixados na época pelo governo.O custo para os cofres dos bancos pode chegar a mais de R$ 180 bilhões, de acordo com dados da Consif (Confederação Nacional do Sistema Financeiro), autora da ação que pede o reconhecimento da constitucionalidade de toda a legislação referente aos planos econômicos.

Janaina Faria

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