domingo, 26 de abril de 2009

Para Meirelles, ainda é 'prematuro' falar em recuperação no 2º trimestre

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado (25) que é "prematuro" falar em recuperação da economia brasileira no segundo trimestre do ano. E pediu cautela. "Temos de olhar com cuidado", acrescentou, em conversa com jornalistas na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington (EUA).
De acordo com Meirelles, é preciso "aguardar ainda a consolidação de uma série de dados, antes que se possa afirmar que a economia brasileira já tenha iniciado um processo de recuperação".
De acordo com o presidente do BC "alguns setores, claramente, já estão mostrando sinais bons, mas outros ainda não". Por isso, pondera que "o importante é que temos que continuar a trabalhar". "É cedo para declarar que o trabalho já está feito", completou.
O BC, citou o presidente, tem "prevenido os analistas no Brasil sobre a ciclotimia de excessos de otimismo muitas vezes, e de excesso de pessimismo em outras" em face de dados da economia que são divulgados.
"A crise não acabou. E todos os setores - seja na área econômica, na área monetária, na área fiscal - nós temos que continuar monitorando com segurança a área de liquidez, visando a ter certeza de que realmente o país vai atravessar este processo de uma forma a sair pouco antes do que a média e mais forte no final da crise."

Poupança

O presidente do BC também afirmou que este é o "momento adequado" para discutir o rendimento da caderneta de poupança. Ele observou que "não existia a possibilidade mais concreta como existe hoje de que de fato a queda de juros da economia brasileira possa chegar a patamares que coloquem a caderneta de poupança até em um certo desequilíbrio em relação a um certo sistema".
Meirelles observou que o processo relacionado à caderneta de poupança não é decisão da equipe econômica e que existem questões que envolvem o Congresso. "Trata-se de uma questão da sociedade brasileira como um todo que tem que se dar no momento adequado, e o momento adequado é este".

Fonte:g1.globo.com

Acadêmico: Ronei Cazzarotto

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